Os aeroportos receberam investimento da iniciativa privada, após concessão da ANAC
A partir de agora, o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo e ainda mais 14 aeroportos espalhados pelas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte serão administrados pela iniciativa privada pelos próximos 30 anos.
A 7ª rodada de concessões de aeroportos, dividida em três blocos, foi realizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) na tarde da última quinta-feira (18) na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. Foram mais de R$ 2,7 bilhões arrecadados em outorga.
Primeiro bloco
A expectativa primeiramente é que os vencedores do certame invistam pelo menos R$ 7,3 bilhões na modernização dos terminais. O primeiro bloco ofertado foi o da Aviação Geral, formado pelos aeroportos Campo de Marte, em São Paulo, e de Jacarepaguá – Roberto Marinho, no Rio de Janeiro. Esses terminais, no entanto, atendem à aviação executiva.
O bloco recebeu somente uma proposta, de R$ 141,4 milhões, feita pela XP Infra IV Fundo de Investimentos e Participações em Infraestrutura. A vencedora terá que investir R$ 560 milhões nos dois aeroportos nos próximos 30 anos.
Demais blocos
O Bloco Norte II, formado pelos aeroportos internacionais Val-de-Cans-Júlio Cezar Ribeiro, de Belém, no Pará, e Alberto Alcolumbre, em Macapá, no Amapá, foi o mais concorrido. Foram dois proponentes e, depois de ofertas em viva voz, o vencedor foi o Consórcio Novo Norte Aeroportos, que ofereceu 125 milhões pelo Bloco, ágio 119,78%.
Já o Bloco SP/MS/PA/MG, formado por 11 aeroportos, entre eles, Congonhas, recebeu somente uma oferta. Foi de R$ 2,450 bilhões, feita pela empresa espanhola Aena Desarrollo Internacional. Mesmo assim, o valor de 231,02% está acima do preço mínimo estipulado (ágio). O investimento nos 11 aeroportos será de R$ 5,8 bilhões durante o tempo de concessão.
O Bloco tem os aeroportos de Congonhas, em São Paulo; de Campo Grande (MS); de Corumbá (MS); Internacional de Ponta Porã (MS); Maestro Wilson Fonseca, de Santarém (PA); João Corrêa da Rocha, de Marabá (PA); Carajás, de Parauapebas (PA); de Altamira (PA); Ten. Cel. Aviador César Bombonato, de Uberlândia (MG); Mário Ribeiro, de Montes Claros (MG); e Mário de Almeida Franco, de Uberaba (MG).
Com a sétima rodada de concessões, o Brasil chega então a 49 terminais aéreos concedidos à iniciativa privada. Juntos, os 15 aeroportos da 7ª rodada respondem por 15,8% dos passageiros pagos movimentados no mercado brasileiro de transporte aéreo. Em 2019, foram mais de 30 milhões de embarques e desembarques.
Fonte: Governo Federal