Uma semana atrás, o caçador de furacões Nick Underwood estava sentado na parte traseira de uma aeronave Gulfstream 4 chamada Gonzo, voando ao redor da tempestade tropical Elsa, que se esticava sobre o Caribe.
“Três, dois, um, solte a sonda”, ele ouviu o diretor de voo dizer: “Sonda solta”, respondeu Underwood, ao lançar um dispositivo de coleta de dados, a dropsonda, da aeronave. Depois de 20-30 segundos, ele soube que o lançamento foi um sucesso, pois os dados sobre a tempestade apareceram na tela do seu computador.
Números de temperatura, pressão, umidade, velocidade e direção do vento começaram a chegar da dropsonda. Então, segundos depois, o instrumento caiu no oceano.
É essa informação que foi enviada ao Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA, que então informou ao resto do mundo que a Elsa ainda era uma tempestade tropical, em viasde impactar os Estados Unidos.
Foi a primeira missão de Underwood na temporada de furacões de 2021, mas ele não é um novato. Como um dos caçadores de furacões da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (conhecida pela sigla NOAA), ele tem assento na primeira fila para seguir algumas das tempestadesmais ferozes do mundo.
“Voar no meio de um furacão é como estar em uma montanha-russa de madeira rodando em um lava-rápido”, comparou Underwood.“Há muita vibração, agitação da esquerda para a direita, mas também há vento, chuva e granizo e tudo o mais batendo nas janelas enquanto você está voando entre as faixas de nuvens e trovoadas e através da parede do olho do furacão, que segue seu caminho”, detalhou.
Ft:cnn