Tendências globais prometem inspirar o mercado e os consumidores nos próximos anos
Uma nova pesquisa da ADM (Archer Daniels Midland), líder global em nutrição humana e animal, divulgou as tendências globais de consumo que devem orientar o mercado alimentício nos próximos anos.
Com temas relacionados à saúde, ao bem-estar, à sustentabilidade e à segurança alimentar, as oito tendências vão motivar a inovação em produtos e serviços do nicho no novo ano. Além disso, influenciarão as escolhas, as demandas e as expectativas dos consumidores em relação às marcas.
Segundo Brad Schwan, vice-presidente de marketing da empresa, os indivíduos têm se preocupado com aquilo que estão consumindo, analisando se o alimento é benéfico não apenas para o seu próprio corpo e mente como também para a comunidade global e para o planeta.
Por essa razão, para obterem sucesso nos próximos anos, as organizações do ramo de alimentos, de bebidas e de nutrição, terão que evoluir em função dessas novas tendências globais dos consumidores atuais.
1. Opções de proteína expandida
Você conhece a dieta flexitariana? De acordo com a ADM, 52% dos consumidores globais são adeptos desse tipo de alimentação. Dentro dessa porcentagem, quase dois terços estão priorizando o consumo de alimentos à base de plantas. Dessa forma, o resultado é o aumento da demanda por opções de proteína expandida.
“É uma dieta flexível em que se segue a dieta vegetariana, mas que, ocasionalmente, se come algum tipo de alimento de origem animal. Ela é um padrão alimentar que está cada vez mais popular para quem quer diminuir o consumo de carne, mas sem se privar de comer quando sentir vontade”, explica Livia Queirós, nutricionista da ADM.
Em alguns casos, a dieta flexitariana pode ser uma boa alternativa para quem quer mudar de estilo de vida de forma gradual até chegar no vegetarianismo ou no veganismo.
“Levando em consideração que nesse tipo de dieta há um aumento no consumo de alimentos de origem vegetal, como frutas, grãos e alimentos mais naturais. Assim é esperado que a dieta flexitariana possa trazer benefícios à saúde, por exemplo, a prevenção de doenças cardiovasculares, diabetes e diversos tipos de câncer”, destaca a nutricionista.
2. Bem-estar equilibrado
Assim como a saúde física, os aspectos mentais, emocionais e até espirituais têm sido vistos com grande importância pelos consumidores, que estão fazendo suas escolhas, inclusive alimentares, de forma intencional, consciente e com o objetivo de atingir o seu bem-estar por completo.
No mundo todo, 79% deles acreditam que sua saúde mental tem um impacto em sua saúde geral. O Relatório de Prebióticos deste ano, desenvolvido pela FMCG Gurus, indica que o bem-estar mental se tornou uma das principais preocupações para 48% dos consumidores, depois da função imunológica, digestiva e do coração, para o próximo ano.
“Os alimentos são capazes de impactar na nossa saúde e no nosso humor, o que está totalmente ligado ao conceito de saúde holística, que é quando a gente envolve a parte mental, física e emocional no mesmo conceito”, relata Livia.
3. Personalização
A personalização tem se fortalecido no mundo da saúde e da alimentação. Agora, os consumidores estão negando o “tamanho único” e buscando por aquilo que é “melhor para mim”.
De acordo com o Relatório de Nutrição Personalizado de 2021, divulgado pela inglesa FMCG Gurus, 63% dos consumidores globais relatam estar interessados em produtos alimentícios. Assim como bebidas personalizados para satisfazer às suas necessidades nutricionais individuais.
Contudo, 55% dos consumidores relatam que estão dispostos a gastar mais em alimentos funcionais que realmente podem trazer benefícios para a saúde.
Essas soluções personalizadas também se alinham ao estilo de vida de cada indivíduo, considerando o gosto e a cultura de cada um.
4. Confiança e rastreabilidade
De onde vem e como é produzido o alimento? Os consumidores do mundo todo querem entender como ocorre a produção dos alimentos que consomem, se ela tem condições humanas.
Por meio de dados do Relatório Rota, é possível notar que houve um avanço em relação à confiança dos consumidores. Uma vez que 42% deles passaram a acreditar mais nas declarações ambientais realizadas por marcas nos últimos dois anos.
Além da preocupação com a segurança alimentar, essa necessidade de transparência ocorre em função do desejo de conexão com as comidas .
Por esse motivo, existem empresas honestas, autênticas e que disponibilizam tecnologias que possibilitam a rastreabilidade de produtos e ingredientes até suas origens.
“Saber qual é a origem de um alimento, como ele é processado e do que ele é composto é importante. Assim, é possível estabelecer práticas alimentares mais saudáveis”, alerta a nutricionista da ADM.