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A história “As coisas que perdemos no incêndio” de Mariana Enriquez será adaptada para o cinema

“As coisas que perdemos no incêndio”, a história sobre violência de gênero que dá nome ao livro de contos de Mariana Enriquez no qual ela aborda o terror contemporâneo a partir de uma obra com problemas sociais, será adaptada para o formato audiovisual pela O cineasta inglês Prano Bailey-Bond.

Em sua conta no Twitter, Enriquez (Buenos Aires, 1973), escritor e jornalista, retuitou a notícia do filme a partir de uma das doze histórias que compõem o livro publicado pela editorial Anagrama, com a seguinte mensagem: “Bem, parece que agora você pode dizer isso “.

Foi também contada pelo cineasta, cujo longa-metragem “Censor” teve uma avaliação crítica muito boa que o considerou um dos melhores filmes de terror dos últimos tempos. A realizadora partilhou uma nota do médium Variety onde informa que o filme será feito em conjunto com o produtor Rodrigo Teixeira, que trabalhou em filmes como “Chame-me pelo seu nome”. “É uma história incrível, provocativa e relevante com uma energia feroz em seu coração. É uma honra adaptar esta história para a tela”, disse Bailey-Bond sobre o texto.

“As coisas que perdemos no incêndio” é a última história do livro, onde Enriquez constrói uma trama dolorosa sobre a história de um grupo de mulheres que decide se queimar diante da virulência e da onda de violência sexista. “Foram necessárias muitas mulheres queimadas para acender as fogueiras”, escreve o narrador desta história, após enunciar a violência contra as esposas de homens que espirram álcool, atearam fogo, ferem e assassinam. Nessa história, uma das personagens da história conta outra: “As queimaduras são feitas por homens, pequenino. Eles sempre nos queimaram. Agora nos queimamos. Mas não vamos morrer: vamos mostrar as nossas cicatrizes . ”

Ft: telam