Não é só entre humanos que a adolescência pode ser desafiadora
Os cães também passam por uma fase de transição da Adolescência marcada por mudanças de comportamento, impulsos novos e uma certa dose de rebeldia. Se o seu cão costumava ser obediente e agora parece ignorar seus comandos, não é má vontade: ele pode estar apenas crescendo.
Apesar de muitos tutores se surpreenderem, a adolescência canina é uma etapa natural e cheia de aprendizados. Ela exige paciência, firmeza e um olhar atento para entender o que está por trás dos comportamentos que costumam surgir. Isto é, como testar limites, desobedecer e chamar atenção de forma inesperada. A boa notícia é que esse período passa.
A adolescência chega cedo
Ao contrário do que se imagina, os cães não entram na fase adulta logo após deixarem de ser filhotes. Existe um período de transição que pode começar por volta dos 6 meses e se estende até os 2 anos, especialmente entre cães de grande porte. Já raças menores tendem a amadurecer ainda mais rapidamente.
A rebeldia é só a ponta do iceberg
É tentador pensar que o cachorro “desaprendeu” tudo de repente. Mas o que acontece é uma reorganização interna. Nessa fase, o cérebro ainda está se desenvolvendo, e o instinto de explorar fala mais alto. É comum que o cão teste os tutores, ignore comandos e busque novas formas de interação com o ambiente e com outros animais.
O comportamento pode incluir agitação excessiva, marcação de território, latidos mais frequentes ou até uma postura mais desafiadora com outros cães. Ainda que isso cause frustração, é importante lembrar: esse é um período temporário e essencial para o amadurecimento do seu animal.
Castrar resolve? Nem sempre
A castração pode, sim, reduzir comportamentos ligados aos hormônios sexuais, como tentativas de fuga ou marcações de território. No entanto, ela não bloqueia os efeitos comportamentais da adolescência. Mesmo castrado, seu cão vai precisar passar por essa etapa e aprender com ela.
Como tornar essa fase mais tranquila?
Atividades como enriquecimento ambiental, desafios de olfato, brincadeiras de caça ao petisco e passeios diferentes ajudam a gastar energia mental e física, diminuindo comportamentos indesejados. Manter os treinos mesmo quando o cão parece desinteressado é essencial.
Outro recurso útil são as guias longas, que permitem certa liberdade em locais seguros, ao mesmo tempo em que garantem controle. Nessa fase, o ideal é oferecer novas experiências sem perder o senso de limite.
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