No ano passado, balança do AEB teve recorde histórico de US$ 98,8 bi; em 2024. Pela primeira vez na história a exportação de petróleo em bruto vai assumir a liderança das vendas externas
AEB reviu para baixo suas expectativa de exportações e para cima as projeções de importações. Com isso, a estimativa para o saldo da balança comercial brasileira, deve ter uma forte queda. Ou seja, 22%, ante o recorde histórico contabilizado no ano passado.
Segundo a AEB, foram projetadas exportações de US$ 327,676 bilhões, o que significará uma redução de 3,5% em relação ao montante de US$ 339,672 bilhões apurado em 2023. Para as importações, a projeção é de US$ 250,605 bilhões, um aumento de 4% ante os US$ 240,834 bilhões alcançados no ano passado.
Assim, a expectativa de superávit para este ano está agora em US$ 77,071 bilhões, 22% abaixo dos US$ 98,838 bilhões alcançados no ano passado.
A AEB destaca que, pela primeira vez na história, a exportação de petróleo em bruto vai assumir a liderança das vendas externas.
As estimativas, entretanto, consideram questões geopolíticas e macroeconômicas como a continuidade da guerra na Ucrânia, a agressividade comercial da China e as reações defensivas dos Estados Unidos e Europa, os níveis das taxas de juros e os níveis de taxas cambiais entre os cenários e fatores que vão influenciar a balança comercial.
Sobre os preços das commodities, a observação da continuidade da acomodação generalizada de preços, reflexo do atual cenário econômico e geopolítico. “Todavia, ainda assim, as atuais cotações das commodities continuam beneficiando as exportações do Brasil, diz a AEB.
Para a associação, no entanto, com exceção de celulose e café não torrado, que projetam elevação de preços, as demais commodities exportadas pelo Brasil sinalizam queda de preços em 2024.
Sobre o volume de exportações, três das principais commodities (soja, milho e minério de ferro) projetam queda no ano. A exceção é o petróleo, com projeção de alta de 22% em 2024.