Airbus planeja inserir no mercado modelo de aeronave movida a hidrogênio, que seria revolucionário
Parece uma nave espacial, quase não saiu do papel e funciona com combustível que até poucos anos atrás especialistas chamavam de “loucura”. Mas aos olhos de uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo, a aeronave movida a hidrogênio é, sem dúvidas, o futuro.
E não é o futuro distante. A Airbus espera que estejamos voando pelos céus em um de seus novos designs radicais em apenas 15 anos, deixando para trás os dias de poluição de motores a jato e a vergonha de voar por questões ambientais.
A aeronave de asa mista faz parte de uma trinca de modelos, ecologicamente corretos. São movidos a hidrogênio e, recentemente foram apresentados pela Airbus como parte de sua ambição de liderar a descarbonização da indústria da aviação.
É um plano ousado e que, poucos meses atrás, pode ter parecido fantasioso, já que a demanda por viagens aéreas movidas a combustíveis fósseis continua a crescer, aparentemente imune às crescentes preocupações ambientais.
O plano da Airbus é colocar no mercado uma aeronave a hidrogênio e com passageiros a bordo até 2035. Ou seja, precisa traçar um percurso em termos de tecnologia até 2025. Na verdade, a Airbus precisa traçar vários cursos.
Essa demanda existe porque nenhuma tecnologia, até o momento, pode atender aos requisitos de energia para abastecer todo o espectro de tipos de aeronaves. Desde táxi aéreo até aviões de curto, médio e longo alcance.
O programa conceitual dos três ZEROe, inclui um motor turbofan com alcance de mais de 2 mil milhas náuticas. Capaz então de operar transcontinentalmente e movido por um motor de turbina a gás modificado, que funciona com hidrogênio.
Aliás, o hidrogênio líquido possui armazenamento e distribuição feita por meio de tanques localizados atrás da antepara de pressão traseira.