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A concessionária RIO galeão, que administra o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, confirmou nesta quarta-feira (25)

Aeroporto do Galeão é vendido e chega ao fim de uma era no Brasil

A companhia RIO galeão adquiriu 70% da participação da Changi Airports, de Cingapura

A concessionária RIO galeão, que administra o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, confirmou a venda do controle da operação para a gestora carioca Vinci Compass.

A companhia RIO galeão adquiriu 70% da participação da Changi Airports, de Cingapura, tornando-se a nova controladora do terminal.

Com a transação, a fatia da Changi cai de 51% para 15,3%, enquanto a Infraero mantém 49%. Essa participação estatal, no entanto, deve ser leiloada em 2026, e a Vinci já sinalizou interesse em disputar o ativo para consolidar o controle. Ainda não informaram o valor da negociação, aliás, depende de aval da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A Changi assumiu a concessão do Galeão em 2013, após vencer o leilão com uma proposta de cerca de R$ 19 bilhões. Ou seja, quase quatro vezes acima do lance mínimo estabelecido pelo governo. Desde então, a empresa asiática vinha demonstrando insatisfação com os resultados do contrato. Pressionado pela crise econômica, pela pandemia de Covid-19 e pela concorrência com o Aeroporto Santos Dumont.

Em 2023, um acordo mediado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), revisou cláusulas da concessão, estabelecendo que os repasses da outorga do Galeão seriam ajustados conforme o desempenho do Santos Dumont. A medida garantiu equilíbrio financeiro e deu mais segurança a investidores.

Reforço nos investimentos

Segundo Alexandre Monteiro, presidente da concessionária, a entrada da Vinci deve aumentar a capacidade de investimentos no terminal, estimados entre R$ 100 milhões e R$ 140 milhões por ano.

“Nosso objetivo é gerar retorno para os investidores, mas com visão de longo prazo, característica da infraestrutura”, afirmou Monteiro.

O Galeão, que vinha em queda de movimentação, mostra sinais de recuperação. Entre janeiro e julho de 2024, o terminal recebeu 9,98 milhões de passageiros, crescimento de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior. Hoje, o aeroporto é o terceiro mais movimentado do país, atrás apenas de Guarulhos (SP) e Congonhas (SP).

Novo futuro para o principal aeroporto internacional do Rio

A venda marca o fim da era Changi no Brasil e abre caminho para uma fase em que a Vinci deve buscar consolidação do controle. Para especialistas, o movimento pode representar uma reviravolta na trajetória do Galeão, que já foi referência de voos internacionais, mas perdeu protagonismo nos últimos anos.