Agência nacional de TI é pedido da Assespro para resolver problema do déficit de profissionais qualificados
As Eleições 2022 estão próximas. Por causa disso, a Federação Assespro, que representa empresas de TI no Brasil, elaborou um manifesto direcionado aos candidatos à Presidência da República. O documento propõe medidas para combater a falta de mão de obra qualificada no setor. Entre elas está a criação de uma agência nacional de TI para coordenar esses esforços.
A Federação das Associações das Empresas de Tecnologia da Informação (Federação Assespro) existe há quase 50 anos e, hoje, representa mais de 2.500 companhias do setor. É com essa bagagem que a entidade afirma, no manifesto, existir “uma demanda extraordinária por profissionais qualificados na área de TI”.
O problema é que essa demanda não vem sendo atendida. Se por um lado é grande o número de pessoas que buscam trabalho no Brasil, por outro, a falta de qualificação profissional faz o setor ter déficit de vagas. Não é difícil encontrar empresas que não conseguem preencher todos os seus postos de tecnologia ou que têm menos profissionais de TI do que o necessário.
De acordo com a Federação Assespro, esse problema tende a se intensificar nos próximos anos à medida que novas tecnologias forem inseridas nos setores de indústria, comércio e serviços.
Nesse sentido, a entidade chama a atenção para um relatório da Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação). O documento aponta que o Brasil poderá ter um déficit de 530 mil profissionais de TI até 2025.
Mais cursos, agência nacional e mais
No manifesto, a Federação Assespro propõe que o próximo governo trabalhe sobre quatro aspectos em prol do setor de TI no Brasil:
- educação para a tecnologia;
- inclusão digital;
- infraestrutura econômica e social para TI;
- programas tecnológicos em parceria com o setor privado.
O aspecto da educação é o mais abordado no manifesto. A Federação Assespro afirma que o ensino superior e o ensino técnico profissionalizante são essenciais para a disseminação de novas tecnologias. No entanto, falta um direcionamento estratégico para cursos nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática.
Em outras palavras, é importante haver uma política capaz não só de aumentar a oferta de cursos, mas também de alinhá-los com as necessidades do setor de TI. Mas essa é só uma parte da equação. A outra inclui uma estratégia de inclusão digital capaz de aumentar o acesso a computadores e à internet, principalmente entre os jovens.