Debate sobre recursos da Agricultura ocorreu na Frente Parlamentar da Agropecuária
O Ministério da Agricultura está negociando com a Fazenda cerca de R$ 500 bilhões para o Plano Safra 2024/25. Apesar dos números ainda não estarem aprovados pelo governo federal, a expectativa é que a cifra seja maior do que no ano passado, quando R$ 364,22 bilhões foram ofertados.
O debate sobre os recursos se deu durante o tradicional encontro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que aconteceu em Brasília. O assunto rendeu discussões fervorosas entre os deputados da bancada do agro e representantes da União.
Segundo ele, é preciso que o novo Plano seja proporcional à crise que o setor enfrentou no começo e no final do ano passado, ao problema no Rio Grande do Sul e aos desafios do dia a dia da produção agrícola.
“Lembrando que ainda existe a possibilidade que haja um desconto no valor do Plano Safra sobre os recursos do auxílio para a seca do começo do ano, mas ainda não vimos ser aplicado esse dinheiro. Então não teria o porque disso e também a preocupação daquela definição de cortes do Proagro, que, provavelmente, vão migrar para o PSR, o seguro rural vai precisar de mais recurso”.
Pedido de aumento
O diretor executivo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, também participou do encontro. Ele destacou que os números previamente anunciados ainda não satisfazem o desejado pela instituição.
“Nossa proposta foi de R$ 570 bilhões, visto as dificuldades de se conseguir crédito no mercado privado, principalmente para o pequeno e médio. Esse aumento de 31% [ante ao último Plano Safra] é o que esperamos que aconteça. Sabemos da dificuldade de orçamento, por isso fizemos várias sugestões para alterar a exigibilidade. Principalmente da LCA, saindo dos 50% para os 80% de direcionamento para o setor e otimizar a questão dos recursos. Dessa maneira, vamos reduzir a venda casada, custos cartoriais, fazendo com que o recurso realmente chegue na mão do produtor”.
Já o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, não quis confirmar os números previamente anunciados pelo ministro Fávaro. Ele amenizou os questionamentos, apontando que os valores devem atender as necessidades do setor e que as demandas encaminhadas para equipe econômica do governo.