Chesky diz que a companhia firmou parcerias com ONGs para atender às “necessidades mais urgentes” das famílias acolhidas
O Airbnb anunciou (24) que pretende começar a hospedar gratuitamente refugiados do Afeganistão, país afligido pelo avanço violento do Talibã, que já controla a maior parte da nação. Segundo o CEO da plataforma de aluguel de imóveis, Brian Chesky, o plano é acolher 20 mil afegãos que querem cruzar as fronteiras.
Os refugiados, portanto, serão alojados em propriedades listadas no Airbnb e as estadias serão custeadas pela própria empresa, disse Chesky no Twitter. Contudo, não foi especificado exatamente quanto a empresa planeja gastar com a iniciativa ou por quanto tempo os refugiados ficarão alojados.
Nesta última segunda-feira, os Estados Unidos completaram a evacuação de quase 50 mil pessoas do país, mas ainda existem milhares afegãos que estão tentando escapar do regime do grupo extremista Talibã. Atualmente, o principal ponto de saída é o aeroporto de Cabul, onde grandes multidões se aglomeram. No entanto, foi imposto um prazo de transporte aéreo até 31 de agosto, e muitos civis estão desesperados diante da possibilidade de não conseguirem deixar o país.
Airbnb espera “inspirar” mais iniciativas
“O deslocamento e reassentamento de refugiados afegãos nos Estados Unidos e em outros lugares é uma das maiores crises humanitárias de nosso tempo”, disse Chesky. “Sentimos a responsabilidade de intervir.” O executivo espera que a iniciativa do Airbnb inspire outros líderes empresariais a fazerem o mesmo. “Não há tempo a perder”, acrescenta.
O CEO da empresa destacou que qualquer anfitrião que quiser hospedar uma família de refugiados afegãos devem “entrar em contato”. Ele também prometeu redirecioná-los para as “pessoas certas” da plataforma. Chesky disse que a companhia firmou parcerias com ONGs para atender às “necessidades mais urgentes” das famílias acolhidas.
De acordo com Chesky, o Airbnb não é a única empresa do meio tecnológico e digital a demonstrar apoio à crise humanitária no Afeganistão. Ao mesmo tempo que é evidente a necessidade de ajudar o povo afegão, as companhias também veem uma grande oportunidade de impulsionar sua imagem no processo.
Ft: technoglob