O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, anunciou a liberação de 35 milhões de euros para o Fundo Amazônia
O fundo da Amazônia é o primeiro sinal prático de cooperação e apoio ao novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Todavia, o dinheiro será aplicado no combate e na prevenção do desmatamento na Amazônia.
“O governo alemão decidiu que 35 milhões de euros, do orçamento alemão, serão liberados para o Fundo Amazônia. Mas esse é um sinal que queremos mandar já”, disse Steinmeier, que veio ao Brasil para prestigiar a posse do presidente Lula e conhecer de perto projetos que visam a preservação da Amazônia.
Força
Aliás, o Fundo da Amazônia perdeu força na gestão anterior. O objetivo do fundo é captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento.
Há, ainda, ações de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal, além de desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento no restante do Brasil e em outros países tropicais.
Mas o mecanismo de financiamento foi desativado no governo passado e reativado em novembro, depois da ordem do Supremo Tribunal Federal.
Instaurado em 2008, o fundo recebe doações de instituições e governos internacionais. Porém, em 2019, a Alemanha e a Noruega suspenderam os repasses para novos projetos após o governo brasileiro apresentar sugestões de mudança na aplicação dos recursos e extinguir colegiados de gestão do fundo.
Viagem
A viagem de Steinmeier ao Brasil deve durar três dias. No dia seguinte à posse, o presidente alemão foi a Manaus acompanhado da ministra alemã do Meio Ambiente, Steffi Lemke.
“Nós precisamos do Brasil, precisamos da liderança política brasileira, que o país desempenhe o seu papel. E não apenas na economia, como também na proteção climática global”, disse o alemão, que se reuniu com o governador do Amazonas, Wilson Lima, reempossado no dia 1º, com quem conversou sobre a Amazônia.
No Amazonas, Steinmeier conheceu de perto projetos, assim como ações financiados com verba do governo alemão. Entre eles está a Torre Atto, em São Sebastião do Uatumã, a cerca de 240 quilômetros de Manaus. Essa torre monitora as condições climáticas da região e as questões do efeito estufa, coordenada por pesquisadores brasileiros e alemães.