No mês de março, a Comissão de Meio Ambiente da ALMT deve se reunir para dar continuidade às discussões combate a incêndios florestais em 2024
A Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Recursos Minerais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), realizou mais uma reunião para discutir as ações preventivas que deverão ser implementadas para combater os incêndios florestais no estado, com destaque para o Pantanal. Este foi o segundo encontro promovido pela comissão para debater o assunto.
O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB), presidente da comissão, ressaltou a importância de elaborar um plano com medidas eficazes para enfrentar os incêndios. De acordo com ele, poderão atingir grandes proporções, devido à intensidade da seca prevista para este ano.
A secretária de estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, afirmou que um plano operacional de combate aos incêndios florestais e ao desmatamento e exploração ilegal já está sendo elaborado e deverá ser aprovado pelo governador e apresentado ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) até o final do mês de março. Sendo assim, apresentarão ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) até o final do mês de março.
Atualmente 70 brigadas e cerca de 1,5 mil brigadistas atuam na contenção das chamas
A gestora informou ainda que se reuniu com o governo de Mato Grosso do Sul para discutir a assinatura de um acordo de cooperação técnica entre os dois estados, com procedimentos.
O coronel Marcelo Reveles, afirmou que a corporação conta, atualmente, com 70 brigadas e cerca de 1,5 mil brigadistas para atuar na contenção das chamas. Locais estratégicos também já estão sendo analisados. Conforme informou, é necessário a instalação de bases fixas dos Bombeiros, com o objetivo de facilitar a logística durante os atendimentos.
Em relação à falta de pistas adequadas para pouso das aeronaves utilizadas durante o período de queimadas, Reveles disse que os locais que possuem condições para esta finalidade já catalogados. Bem como aqueles que precisam de melhorias para utilizá-los para tomar as providências necessárias.
Nadja Felfili, Sinfra, afirmou que a pasta possui contrato para execução de serviços de manutenção das vias na região do Pantanal. Mas apontou a necessidade de alinhamento com a Sema para obtenção das orientações e autorizações necessárias. Tendo em vista as especificidades e fragilidades do bioma.
Empresários, fazendeiros e moradores da região do Pantanal
Além de aeronaves, o presidente do Sindicato Rural de Poconé, enfatizou a relevância do emprego de maquinários para controlar o avanço das chamas. Assim como da disponibilização de estrutura para assegurar a manutenção dos equipamentos e da capacitação de pessoas para operá-los.
Empresários, fazendeiros e moradores da região do Pantanal também foram ouvidos durante a reunião. Na ocasião, relataram algumas das principais dificuldades que enfrentam todos os anos durante o período de queimadas. Por exemplo, a falta de preparo para auxiliar no controle das chamas e os prejuízos gerados pela utilização de equipamentos próprios nas ações. Apresentaram sugestões para melhoria dos resultados alcançados, como o alargamento dos aceiros e a inclusão de moradores da região no Comitê de Combate ao Fogo.
Durante o debate apontada ainda a necessidade de abertura de novas estradas para facilitar o acesso das brigadas. Bem como de revisão das linhas de energia elétrica, a fim de evitar novos focos de incêndios.
Segundo o deputado Carlos Avallone, uma nova reunião acontecerá em março para dar continuidade às discussões.