Em seus escritos, Amy Winehouse divagava sobre se sentir diferente e refletia sobre amor
Ainda que fosse posteriormente descrita como a voz de uma geração, suas próprias reflexões deixam claro que Amy Winehouse sabia que ela se destacava da multidão. “Eu estou satisfeita por ser diferente. Não é como se eu quisesse ser como todo mundo, eu amo ter meu próprio estilo”, escreveu em um trecho.
“Será que o amor um dia vai cruzar o meu caminho, ou estou destinada a sair com metaleiros, ou caras bonitos sem cérebro (uma coisa que eu odeio)?”, questionou em outro.
“Às vezes me pergunto, existe algum cara por aí tão louco quanto eu? Que ama os Beatles e sabe mais do que eu sobre John Lennon? Uma cara legal, de cabelos pretos, que usa óculos para ler e é uma indie de verdade? Pircings são opcionais, mas de preferência com sotaque escocês ou irlandês”, escreveu Winehouse.
Temperamento difícil era um impasse para ela mesma. “Eu odeio o meu temperamento. Às vezes ele me consome tanto que eu fico violenta com aqueles que amo. Por mais que eu peça desculpas, é algo que eles nunca irão esquecer”, desabafa.
Em outro trecho, Amy lista quais são as boas palavras para descrevê-la: “barulhenta, brilhante, ousada, dramática, melodramática, selvagem, imaginativa, espontânea”.
Mitch, pai de Amy, conta que ‘Rehab’ foi escrita após uma briga entre os dois, em um trecho em que conta que apenas depois da morte foi que eles perceberam o quanto toda a ambição artística de Amy existia e estava em seus escritos desde sempre. “Ela chegou em casa com seus empresários da época, que estavam preocupados com a sua bebedeira e queriam que ela fizesse um tratamento. ‘Eu não quero ir, pai, não tenho 90 dias!’ Anos depois, essa conversa passou pelo filtro criativo de Amy e se tornou um hit número 1.”