Reajuste de planos de saúde aprovado pela ANS é o maior em mais de 20 anos

A diretoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou o reajuste de 15,5% dos planos individuais e familiares para o período de maio de 2022 até abril de 2023. Este é o maior aumento desde o início da série histórica, em 2000.

O percentual definido também é o máximo que poderá ser aplicado em cima das mensalidades reduzidas pelo índice de 2021. Segundo a ANS, o reajuste vai chegar a englobar cerca de 8 milhões de contratos; o que então representa um percentual de 16,3% dos consumidores de planos de assistência médica no Brasil.

A decisão, contudo, ainda terá a sua publicação a ser feita no Diário Oficial da União; e assim o reajuste poderá ter a sua aplicação realizada pela operadora só a partir da data de aniversário do contrato; ou seja, apenas no mês que foi feita a contratação do plano.

A ANS explicou que o cálculo para chegar ao valor exato do reajuste se baseia primordialmente na diferença das despesas assistenciais por beneficiário dos planos de saúde individuais, com cálculo feito de um ano para o outro.

Reajuste em 2021 foi negativo

“Dessa forma, o índice de 2022 resulta da variação das despesas assistenciais ocorridas em 2021 em comparação com as despesas assistenciais de 2020”; afirmou então a Agência. Em 2021, houve o anúncio, na época pela primeira vez, de um reajuste negativo (-8,19%); que correspondeu a uma redução das mensalidades no período de maio de 2021 a abril de 2022.

Isso resultou em uma queda de 17% no total de procedimentos, entre eles consultas, exames, terapias e cirurgias realizados em 2020 pelos planos de saúde, em decorrência das restrições por conta da Covid-19, que na época estava no auge.