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Secretário de Estado americano, Antony Blinken e o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov - Advertências para Putin escolher via pacífica com a Ucrânia

TENSÃO: Blinken pede para Putin escolher “via pacífica” com a Ucrânia

Secretário Antony Blinken pede que Putin escolha ‘via pacífica’ durante visita à Ucrânia

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu que a Rússia de Putin escolha a “via pacífica” na crise com a Ucrânia, durante uma visita (19) de solidariedade a Kiev.

Blinken visita a Ucrânia antes de se reunir com seus aliados europeus em Berlim. Entretanto, na sexta-feira já programou um encontro com o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, em Genebra.

O americano lançou uma advertência ao presidente russo, Vladimir Putin, para que dissipe os temores de uma invasão e adote a via da diplomacia. “Espero, firmemente, que possamos manter isso em uma via pacífica e diplomática. Mas, em última análise, esta é uma decisão do presidente Putin”, afirmou Blinken na Embaixada dos Estados Unidos em Kiev.

Blinken advertiu ainda que, se Putin não seguir a via da diplomacia, estará adotando um caminho “de confrontação com consequências para a Rússia”.

As tensões entre Moscou e o Ocidente estão, no entanto, em um nível jamais visto desde a Guerra Fria. Sobretudo, depois que a Rússia enviou dezenas de milhares de tropas para a fronteira com a Ucrânia, alimentando temores de um conflito mais amplo no Leste Europeu.

A Rússia diz que não tem planos de lançar uma invasão, mas pede garantias de que a Ucrânia não será admitida na Otan. Por isso, pede em troca a diminuição das tensões.

Antes do encontro em Genebra, Blinken irá a Berlim para um encontro com autoridades de Reino Unido, França e Alemanha, com o objetivo de mostrar uma posição unida das potências ocidentais.

Mais ajuda militar dos EUA

Nas ruas do reduto separatista de Donetsk, no leste da Ucrânia, moradores manifestam sua esperança de que o conflito aberto seja evitado. “As conversas são boas, pelo menos não é uma guerra”, disse Alexei Bokarev, um mineiro aposentado de 77 anos.

“As armas estão caladas e as negociações estão em andamento, isso implica que algum tipo de solução está sendo buscada, como tudo isso vai acabar? Ninguém sabe”, completou.

Antes de se encontrar com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, o chefe da diplomacia americana alertou que Putin poderia estar se preparando para enviar mais tropas para a Ucrânia.

Ucrânia acusa Rússia de erguer novo Muro de Berlim | Agência Brasil

“Sabemos que há planos em andamento para aumentar esse contingente em muito pouco tempo. Isso dá ao presidente Putin a capacidade de, em um curto intervalo de tempo, lançar mais ações agressivas contra a Ucrânia”, afirmou.

Um alto funcionário, que pediu anonimato, confirmou que Washington fornecerá US$ 200 milhões adicionais em ajuda militar à Ucrânia, além dos US$ 450 milhões já doados pelo governo de Joe Biden. “Estamos comprometidos com a soberania e a integridade territorial da Ucrânia. Continuaremos a dar à Ucrânia o apoio de que ela precisa”, disse o funcionário.

Situação extremamente perigosa

Logo após o fracasso da rodada de negociações da semana passada, a Casa Branca alertou na terça-feira que a Rússia estava preparada para atacar a Ucrânia “a qualquer momento”.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, alertou que a Ucrânia está em uma “situação extremamente perigosa” e disse que “nenhuma opção está fora da mesa”.

As tensões aumentaram ontem depois que Belarus, anunciou a chegada de tropas russas para um exercício militar

Na terça, o ministro Lavrov declarou que não haverá mais negociações com o Ocidente até que haja uma resposta por escrito às suas exigências de segurança.

Além do veto à entrada da Ucrânia na Otan, a Rússia quer limitar as atividades militares nos países do antigo Pacto de Varsóvia. Assim como nas ex-repúblicas soviéticas que aderiram à aliança atlântica após o fim da Guerra Fria.

Washington rejeitou categoricamente as exigências russas e alertou Moscou que, se invadir a Ucrânia, enfrentará pesadas sanções.

As tensões aumentaram ontem depois que Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia e é aliada de Moscou, anunciou a chegada de tropas russas para um exercício militar.

Uma autoridade americana destacou que esse tipo de exercício pode ser o prelúdio de uma presença permanente da Rússia com armas convencionais. Além das armas nucleares implantadas em Belarus.

O conflito no leste da Ucrânia entre Kiev e separatistas pró-russos já causou mais de 13.000 mortes.

Fonte: MSN