Liberação do autoteste de covid-19: o objetivo dos autotestes é ampliar o acesso ao diagnóstico da doença
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, segue analisando o pedido feito pelo Ministério da Saúde para liberação do autoteste de Covid-19 no Brasil. Receberam o documento na última sexta (14) e está com a Gerência Geral de Tecnologia de Produtos para Saúde (GGTPS) para que os técnicos avaliem a possibilidade de comercializar o item no país. Anunciaram a intenção na terça-feira (11).
O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o objetivo dos autotestes é ampliar o acesso ao diagnóstico da doença. Em meio a esse pedido, o Brasil vive um aumento no número de casos de Covid-19. Principalmente por causa da variante Ômicron do coronavírus, o que trouxe escassez de testes disponíveis em laboratórios e farmácias. O próprio ministério reconheceu que a procura pelo diagnóstico da doença aumentou e que há grande demanda por testes rápidos nesse momento da pandemia.
“Os testes serão vendidos nas farmácias, cada uma tem seu responsável técnico e devem orientar seu cliente a realizar os testes. Também as indústrias que fabricam devem deixar acessíveis tutoriais de como se realiza o teste e deve haver notificação de resultado nas plataformas das próprias indústrias, e as farmácias são responsáveis por essa notificação”, afirmou o ministro.
Nota técnica
A nota técnica do Ministério da Saúde diz que, o público-alvo dos autotestes é para as pessoas que desejarem saber se estão contaminadas ou não. Independentemente se estiverem vacinadas ou com sintomas da Covid-19.
O mesmo documento diz que esses autotestes devem seguir parâmetros adotados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ou seja, é preciso ter sensibilidade maior ou igual a 80% e especificidade maior ou igual a 97%.
Em caso positivo no autoteste, a pasta orienta que o paciente busque atendimento em uma unidade de saúde. Ou então, procure atendimento por telemedicina para a confirmação do diagnóstico.
Vale lembrar que caso o resultado seja negativo, o Ministério da Saúde orienta que não descarte a hipótese da infecção. Isto é, o exame pode ser feito durante o período de incubação do vírus, momento no qual não se detecta o Sars-CoV-2. Caso os sintomas persistam, a pessoa deve procurar atendimento médico.
Por enquanto, o Brasil dispõe de três tipos de testes para a detecção do coronavírus: o RT-PCR, o PCR-Lamp e o Antígeno.
Fonte: Olhar Digital