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Pasta da Colgate associada a sintomas como inchaço, sensação de ardência e dormência nos lábios; marca pode recorrer da decisão

Anvisa suspende venda de creme dental da Colgate após relatos de efeitos adversos

De acordo com a Anvisa, entre 1º de janeiro e 19 de março de 2025, registraram oito notificações envolvendo 13 casos de eventos adversos

Nesta quinta-feira, 27, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), determinou a suspensão da venda do creme dental Colgate Clean Mint — uma nova versão da Colgate Total 12 — em todo o País, após relatos de efeitos adversos.

A ação baseada na Lei 6.360/1976, estabelece que, em caso de risco à saúde, é possível suspender a comercialização ou distribuição. Ou seja, até que se esclareçam as questões relacionadas à segurança do produto.

A interdição tem prazo previsto em lei de 90 dias. Como ela ocorre de forma cautelar, há espaço para que a empresa Colgate-Palmolive recorra da decisão.

Procurada pela reportagem para comentar a suspensão, a empresa não se manifestou até a publicação. O espaço permanece aberto e o texto atualizado com o posicionamento.

O que aconteceu?

De acordo com a Anvisa, entre 1º de janeiro e 19 de março de 2025, registraram oito notificações envolvendo 13 casos de eventos adversos relacionados ao uso de cremes dentais da marca. Os principais sintomas relatados são: inchaço (amígdalas, lábios e mucosa oral), sensação de ardência. Assim como dormência nos lábios e na boca, boca seca, gengiva irritada e vermelhidão.

O produto comercializado desde julho de 2024, utiliza fluoreto de estanho, enquanto a versão anterior empregava fluoreto de sódio.

Em nota ao Estadão em 21 de março, a empresa afirmou que o fluoreto de estanho é seguro, eficaz e amplamente usado em cremes dentais ao redor do mundo. A Colgate disse também que “a nova fórmula é resultado de mais de uma década de pesquisa e desenvolvimento e testes extensivos com consumidores, inclusive no Brasil” e que os produtos e ingredientes “passam por testes rigorosos e são aprovados por agências regulatórias em todo o mundo”.

A empresa reconheceu, porém, que “uma pequena minoria das pessoas pode apresentar sensibilidade a determinados ingredientes. Ou seja, o fluoreto de estanho, corantes ou sabores”. Nessas situações, ela recomendou que os consumidores parassem de usar o produto. Com a interrupção, “qualquer reação relacionada a ele cessará”, disse a Colgate