Decisão de Tarcísio informada em coletiva marcada para esta segunda-feira (9), cancelada
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a cúpula da segurança do estado prepararam um programa de não-letalidade para PMs, como reação à onda de casos de violência policial registrados nos últimos dias.
O anúncio ocorreu em coletiva marcada para a tarde desta segunda (9), mas foi cancelado. Fontes ouvida disseram que a determinação para cancelar veio do gabinete do governador.
O pacote deve incluir policiais que passam pela Escola Superior de Soltados, em Pirituba. A instituição forma cerca de 6 mil PMs por ano, na Academia do Barro Branco, que entrega à corporação cerca de 200 novos oficiais todo ano. Até mesmo a policiais já nas ruas, numa espécie de “recall do treinamento”.
A ideia faz parte do projeto de “diminuição de danos colaterais” desenvolvido pelo chefe da PM paulista, coronel Cássio Araújo de Freitas.
Nesta segunda (9), policiais usaram a arma de choque para garantir a liberação de uma mulher feita de refém, em plena Av. Paulista, por outra mulher que portava uma faca. No mesmo dia, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Roberto Barroso, determinou que as câmeras nas fardas dos policiais paulistas gravem a jornada ininterruptamente até que esclareçam a forma de ativação remota.
Aliás, a divulgação do plano de redução de letalidade vem como resposta aos diversos casos revelados desde o início de novembro. Pelo menos oito casos de ações apontadas como abuso em cerca de um mês.