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Os riscos da operação têm recaído apenas sobre o produtor, enfatizou o presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan

Aprosoja Brasil propõe dividir riscos do produtor com compradores de grãos

Por que o risco da operação em vendas futuras recai somente sobre o produtor?

Os contratos firmados entre produtores de soja e milho e os compradores de grãos têm ficado ainda mais rigorosos nos últimos anos. Os riscos da operação têm recaído apenas sobre o produtor e o alerta foi feito pelo presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, aos secretários de Política Agrícola e de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura (Mapa), Guilherme Bastos e José Guilherme Leal, durante encontros (27) em Brasília.

“Os riscos precisam ser compartilhados com os demais elos da cadeia. Ninguém obriga o produtor a vender, mas nem a indústria a comprar. Por que o risco da operação em vendas futuras recai somente sobre o produtor? Se acontece um problema climático, o produtor é o único prejudicado. Precisamos começar a pensar num mecanismo para acabar com essa distorção “, afirmou.

Assim, o presidente da Aprosoja Brasil levou aos secretários outros pontos que são motivo de preocupação por parte dos produtores. Isto é, os atrasos na entrega de insumos e até cancelamento de contratos de venda de fertilizantes e defensivos para a safra 2021/2022.

Presidente da Aprosoja Brasil defendeu medidas que garantam melhorias ao produtor de grãos

Galvan pediu providências do Mapa em relação à classificação de grãos, para evitar que empresas continuem aplicando descontos sobre grãos avariados. Segundo ele, já existem pesquisas comprovando que um grão avariado possui o mesmo valor nutritivo que um produto com boa aparência.

O presidente da entidade defendeu medidas que garantam melhoria da qualidade das sementes vendidas aos produtores e ressaltou a necessidade da regulamentação do Decreto de Sementes.

Antonio Galvan falou também sobre o calendário do plantio de soja. De acordo com o dirigente, a portaria 394 publicada em setembro pelo Ministério da Agricultura, atende a maior parte dos produtores do País. Por fim, demonstrou preocupação com os prejuízos que o herbicida Dicamba pode causar em lavouras que não utilizam a tecnologia Xtend. Principalmente a soja convencional (não transgênica) e as culturas caracterizadas por plantas de folha larga, como frutas e hortaliças.

Os secretários receberam as demandas da Aprosoja Brasil e se comprometeram a encaminhar os assuntos internamente dentro do Ministério da Agricultura.

Fonte: Notícias Agrícolas – Foto: Pqisels