Maior produtor de commodities do Brasil, estado investe no combate ostensivo ao desflorestamento ilegal sobre área desmatada no estado de Mato Grosso

A área desmatada no estado de Mato Grosso registrou queda de 13,8% entre agosto de 2021 e julho de 2022 em relação ao período equivalente de 2020/2021, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O INEP é um instituto federal brasileiro dedicado à pesquisa e exploração espacial, criado em 1961

A redução resulta do investimento de R$ 165 milhões no combate ao desmatamento ilegal por parte do atual governo do estado. Soma-se ao cerco contra crimes ambientais a fiscalização ostensiva, já que somente neste ano o governo estadual aplicou R$ 1,135 bilhão em multas.

Os resultados alcançados têm reconhecimento internacional. Durante a COP27, maior evento do mundo sobre mudanças climáticas, Mauro Mendes, governador de Mato Grosso, participou de encontro com Nat Keohane, economista ambiental da LEAF Coalition (Lowering Emissions by Accelerating Forest Finance). Assim, enalteceu as medidas de combate ao desmatamento ilegal. “Toda vez que converso com pessoas sobre proteção do meio ambiente, uso como exemplo o estado de Mato Grosso, que aumenta a produção preservando o meio ambiente e reduzindo as emissões de CO2”.

Ou seja, quando consideramos as duas últimas décadas, Mato Grosso reduziu o desmatamento do bioma amazônico no seu território em 85%. Dessa forma, segue na contramão da estatística brasileira, que ampliou sua área desmatada de 4,5 mil km2 para 13 mil km2 na última década. A fiscalização em todo o território é feita com satélite de alta resolução, um dos mais modernos do mundo e que detecta desmatamento em tempo real. Assim como o reforço presencial de equipes nas regiões com mais alertas de desflorestamento.

Atualmente, o estado tem 62% de seu território preservado. Além disso, está entre as metas da atual gestão a neutralização das emissões de CO2 até 2035.