Alguns astronautas já conseguiram capturar red sprites, tipo raro de descarga elétrica que brilha como um duende vermelho acima das nuvens
“Red sprite” ou “duendes vermelhos” é a nomenclatura informal para Evento Luminoso Transitório (TLE) de acordo com astronautas. Ocorrências desse tipo foram relatadas por pilotos por décadas, mas o fenômeno só foi registrado pela primeira vez em julho de 1989.
Esses eventos não costumam ser observáveis da superfície – e quando isso acontece, chegam a dar a impressão de uma força alienígena invasora.
Como os relâmpagos tradicionais, os duendes vermelhos chegam após um acúmulo de carga elétrica dentro das nuvens. Com eles, no entanto, a descarga ocorre na mesosfera da Terra até 80 km acima da superfície. A exuberante cor vermelha se forma quando a carga encontra nitrogênio na atmosfera do planeta.
Projeto de ciência cidadã “Spritacular”
Em seu perfil no X, a norte-americana explicou que fez a captura enquanto a ISS sobrevoava o México e os EUA, a cerca de 400 km de altitude.
Ayers está em sua primeira viagem espacial, como membro da missão SpaceX Crew-10, lançada em 14 de março. Além dela, a tripulação também inclui a também norte-americana Anne McClain, Takuya Onishi, da Agência Espacial do Japão (JAXA) e o russo Kirill Peskov, da Roscosmos.
A previsão é que eles retornem à Terra em setembro. Até lá, vão conduzir pesquisas, demonstrações tecnológicas e atividades de manutenção no laboratório orbital.
NASA conta com imagens orbitais e terrestres para estudar o fenômeno
Nos últimos anos, a NASA tem trabalhado no projeto de ciência cidadã “Spritacular” que solicita ao público contribuições com imagens de avistamentos de TLEs. Dessa forma, fornece à comunidade científica dados que possam usados para investigar o fenômeno.
O projeto também conta com as capturas orbitais dos eventos feitas por astronautas a bordo da ISS. E assim como Ayers, adotam a fotografia como uma atividade criativa durante seu tempo na estação. Matthew Dominick, também da NASA, fotografou um duende vermelho em junho do ano passado, seis meses depois de um registro semelhante feito por Andreas Mogensen, da Agência Espacial Europeia (ESA).