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Cientistas da Universidade de Campinas descobriram a violaceína, um pigmento fabricado naturalmente por bactéria encontrada na Amazônia

Bactéria da Amazônia pode combater câncer de intestino

Substância bloqueia proteína que exerce espalhamento do câncer colorretal

Cientistas da Universidade de Campinas descobriram que a violaceína, um pigmento fabricado naturalmente por bactéria encontrada na Amazônia, tem potencial para deter a proliferação de tumores cancerígenos no intestino. O achado, entretanto, corresponde há dez anos de trabalho do grupo liderado pela professora Carmen Veríssima Ferreira Halder e do Departamento de Bioquímica e Biologia Tecidual da Universidade Estadual de Campinas.

Sendo assim, a violaceína é capaz de bloquear a proteína LMWPTP (Proteína Tirosina Fosfatase de Baixo Peso Molecular). Ou seja, ela é um marcador para o câncer que já tinha sido identificado em trabalhos anteriores do mesmo grupo de pesquisa.

Os cientistas testaram a violaceína contra a proteína cancerígena com sucesso

“A proteína LMWPTP encontrada é uma facilitadora do progresso do câncer. Quando é encontrada em grande quantidade nos tumores de pacientes, significa que há risco de metástase, mesmo que o tratamento não esteja funcionando bem”, afirma a pesquisadora Alessandra Faria, uma das autoras do estudo.

Na etapa atual, na bancada do laboratório, os cientistas testaram a violaceína contra a proteína cancerígena e obtiveram sucesso. Tal qual os anticorpos agem no confronto com os vírus, o composto presente na bactéria da Amazônia foi capaz de desarmar a proteína.

Dentro do corpo humano, a ação do composto contra a LMWPTP pode significar a interrupção da evolução do câncer. O achado abre caminhos para a possibilidade de desenvolvimento de novos medicamentos com o princípio ativo.

Câncer no intestino

O câncer no intestino é um tumor maligno que se desenvolve no intestino, sendo mais comum em uma porção do intestino grosso, como cólon, reto e ânus, levando ao surgimento de sintomas, como diarreias frequentes, sangue nas fezes ou dor abdominal. Além disso, embora seja mais raro, esse tipo de câncer pode surgir também no intestino delgado. O câncer de intestino é mais comum em pessoas com mais de 50 anos e pode surgir a partir da evolução de pólipos intestinais. Isto é, aglomerados de células que se formam na parede do intestino e que, caso não sejam removidos, podem transformar-se em lesões malignas.