Substância bloqueia proteína que exerce espalhamento do câncer colorretal
Cientistas da Universidade de Campinas descobriram que a violaceína, um pigmento fabricado naturalmente por bactéria encontrada na Amazônia, tem potencial para deter a proliferação de tumores cancerígenos no intestino. O achado, entretanto, corresponde há dez anos de trabalho do grupo liderado pela professora Carmen Veríssima Ferreira Halder e do Departamento de Bioquímica e Biologia Tecidual da Universidade Estadual de Campinas.
Sendo assim, a violaceína é capaz de bloquear a proteína LMWPTP (Proteína Tirosina Fosfatase de Baixo Peso Molecular). Ou seja, ela é um marcador para o câncer que já tinha sido identificado em trabalhos anteriores do mesmo grupo de pesquisa.
Os cientistas testaram a violaceína contra a proteína cancerígena com sucesso
Na etapa atual, na bancada do laboratório, os cientistas testaram a violaceína contra a proteína cancerígena e obtiveram sucesso. Tal qual os anticorpos agem no confronto com os vírus, o composto presente na bactéria da Amazônia foi capaz de desarmar a proteína.
Dentro do corpo humano, a ação do composto contra a LMWPTP pode significar a interrupção da evolução do câncer. O achado abre caminhos para a possibilidade de desenvolvimento de novos medicamentos com o princípio ativo.
Câncer no intestino
O câncer no intestino é um tumor maligno que se desenvolve no intestino, sendo mais comum em uma porção do intestino grosso, como cólon, reto e ânus, levando ao surgimento de sintomas, como diarreias frequentes, sangue nas fezes ou dor abdominal. Além disso, embora seja mais raro, esse tipo de câncer pode surgir também no intestino delgado. O câncer de intestino é mais comum em pessoas com mais de 50 anos e pode surgir a partir da evolução de pólipos intestinais. Isto é, aglomerados de células que se formam na parede do intestino e que, caso não sejam removidos, podem transformar-se em lesões malignas.