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Baixa disponibilidade de soja e milho deve puxar preços no Brasil no 2º semestre, diz analista

Pode piorar antes de melhorar, é verdade. Mas o produtor que tem soja e milho para comercializar no Brasil ainda deve ter boas oportunidades e patamares remuneradores de preços no segundo semestre. Como explicou o diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira, aos poucos o mercado vai voltando à sua racionalidade e entendo que há os preços precisam estar altos diante de uma relação de oferta e demanda que é bastante apertada ainda.

“Vivemos um mercado, hoje, fundamentalmente altista, com um desbalanço entre a oferta e a demanda, tanto de soja quanto de milho. A demanda foi acelerada a um ritmo mais rápido do que conseguimos acelerar a produção”, diz. “E para piorar tivemos quebras de safra, como a da segunda safra brasileira de milho. E a única maneira do mercado de mudar esse fundamento é termos três, quatro anos consecutivos de safras recorde tanto na América do Sul, quanto do Norte, ou um desincentivo da demanda via preços”, complementa.

O que se observa agora, com as baixas agressivas recentes, é um “momento especulativo de pressão”, que traz boas oportunidades aos compradores, uma vez que os preços da soja chegaram a perder até R$ 30,00 por saca em algumas regiões do Brasil. “Na semana passada pouquíssimos negócios foram realizados no físico, sem os produtores quererem vender muito e os compradores também não conseguiram avançar muito com novas compras”, explica Pereira.

Fonte: Noticias Agrícolas, foto: Canalrual