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O ano de 2024 está sendo especial para a temporada de baleias-jubartes no Brasil, com uma maior presença delas nas praias

Baleias-jubartes estão dando um show no litoral brasileiro

O ano de 2024 está sendo especial para a temporada de baleias-jubartes no Brasil, com uma maior presença delas nas praias

Todos os anos o litoral do Brasil tem o privilégio de receber milhares de baleias-jubartes que vêm para o país para se reproduzirem. Assim, saem das águas frias da Antártida, como explica a Revista de Educação Ambiental da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

As belas baleias-jubartes (Megaptera novaeangliae) são grandes mamíferos que impressionam por seu tamanho e pelo som que emitem. Elas também se destacam por saltarem nas águas, dando um show para quem consegue vê-las quando estão próximas das praias brasileiras.

De acordo com o Animal Diversity Web (ADW) – enciclopédia online do Museu de Zoologia da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos – o habitat das baleias–jubartes consiste em águas polares a tropicais, incluindo as águas dos oceanos Ártico, Atlântico e Pacífico. São animais que costumam migrar para se reproduzir em águas mais quentes, e nesse período elas são encontradas tanto em águas costeiras como em profundas.

As fêmeas das jubartes são maiores do que os machos. Elas são uma das poucas espécies de mamíferos em que isso é verdade. As características externas mais importantes das baleias são o tamanho e a forma das nadadeiras, a coloração e o formato da barbatana caudal e o formato da nadadeira dorsal, como explica o ADW.

Pico de avistamento de baleias nas praias do Sudeste costuma ser em julho

As nadadeiras são bastante longas e podem ter quase um terço do comprimento do corpo. Elas são em grande parte brancas e têm saliências na borda dianteira. As barbatanas caudais em forma de borboleta nas cores cinza e branco, têm uma borda recortada. A nadadeira dorsal pode ser um pequeno triângulo e, muitas vezes, tem um formato escalonado ou corcunda. E que deu origem ao nome “humpback whale” em inglês que significa “baleia corcunda”, em tradução livre.

O litoral brasileiro, portanto, é o local onde as baleias-jubartes da região se reproduzem e nascem, sendo muitas delas “brasileiras”. Tradicionalmente elas saem das águas polares da Antártida e nadam mais de 5 mil km rumo às águas quentes tropicais. Chegam ao país normalmente em junho e sobem rumo ao Nordeste, ficando próximas da nossa costa até novembro.

Porém em 2024, a temporada das jubartes por aqui começou antes, já que em maio elas já foram avistadas em Santa Catarina e também em alguns locais do litoral de São Paulo, como em praias de Ilhabela e de São Sebastião (Barra do Sahy e Juquehy) – também registrado pelas prefeituras locais.

Só que foi em junho, no litoral do Rio de Janeiro, que diversas baleias-jubartes deram vários shows com saltos belíssimos. Sendo possível vê-las inclusive desde praias populares, como a Praia de Ipanema.

O pico de avistamento de baleias nas praias do Sudeste costuma ser em julho e para essa temporada se espera ainda mais jubartes.

Ambiente perfeito para dar à luz aos seus filhotes e também para encontrar parceiros para o acasalamento

O biólogo Rafael Carvalho do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores da Faculdade de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), explicou que “as baleias-jubartes começam a passar pelo Rio de Janeiro, com o propósito principal de se encontrarem ao norte do Espírito Santo e sul da Bahia, na região dos Abrolhos. Pois é nessas águas que elas vão encontrar um ambiente perfeito para dar à luz aos seus filhotes e também para encontrar parceiros para o acasalamento”.

Quem estiver nessas regiões litorâneas, pode aproveitar a temporada de baleias-jubartes para observar toda a beleza desse enorme mamífero impressionante pelas águas do país.

Porém, o biólogo faz um alerta. “É muito importante para quem observa os animais que não se aproximem por uma questão de preservação do hábito das jubartes que está neste momento sensível. Bem como importante da vida deles de migrar para se reproduzir ou dar à luz aos filhotes. Por uma questão de preservação da própria integridade física e da saúde do animal e da própria pessoa que esteja curiosa e queira se aproximar muito”. Afirma Rafael Carvalho.