Roman Abramovich, bilionário russo e dono do Chelsea há quase 20 anos, e tem sido pressionado pela proximidade com Vladimir Putin
O bilionário russo Roman Abramovich, de 55 anos, surpreendeu a todos nesta segunda-feira, quando declarou a venda do Chelsea e doará o valor para a caridade.
Segundo nota publicada no site oficial do clube, o empresário “instruiu a sua equipe para criar uma fundação de caridade em que todos os lucros da venda irão em doação às vítimas da guerra na Ucrânia”.
Abramovich comprou o clube em 2003 por 140 milhões de libras. Desde então, ele investiu mais de 1,5 bilhão de libras em quase 20 anos. Na nota, Abramovich garantiu que não vai cobrar os empréstimos feitos ao Chelsea e que nem tem pretensões de acelerar a venda do time.
“Eu não vou pedir nenhum empréstimo para ser reembolsado. Isso nunca foi sobre negócios ou dinheiro para mim; mas sobre pura paixão pelo jogo e pelo clube”, disse. “A venda do Clube não será acelerada, mas seguirá o devido processo”, completou.
Pressão da opinião pública
A decisão por vender o Chelsea e doar o valor às vítimas surgiu após o aumento da tensão com a guerra da Rússia com a Ucrânia e da reação internacional contra a ofensiva militar. Abramovich é um grande amigo do presidente russo Vladimir Putin e, por isso, tem sofrido pressão da opinião pública britânica desde o início da invasão.
Parlamentares de Londres também pediram a saída do empresário, mas inicialmente, ele optou por entregar o comando do time para a fundação de caridade do clube.
“A fundação será para o benefício de todas as vítimas da guerra na Ucrânia. Isso inclui fornecer fundos essenciais para as necessidades urgentes e imediatas das vítimas, bem como apoiar o trabalho de recuperação de longo prazo”, finalizou.