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Além de uma bateria ativada por bactérias para gerar eletricidade e ser engolida por pacientes, professor apresenta um novo modelo: o MFC

Biobateria feita com bactérias tem vida útil de até 100 anos

Novo modelo de “célula de combustível microbiana (MFC)

A comunidade científica foi supreendida em janeiro com uma bateria ativada por bactérias para gerar eletricidade e ser engolida por pacientes. Fruto da descoberta do professor Seokheun “Sean” Choi, da Universidade de Binghamton nos EUA, no mês passado, ele apresentou um novo modelo de “célula de combustível microbiana (MFC)”.

Entretanto, o estudo publicado mês passado na revista Small, especializada em nanotecnologia, explica o funcionamento do uso de bactérias formadoras de esporos. Elas se parecem com a versão ingerível, porém com duas diferenças. A incorporação em aplicações fora do corpo. Além disso, um potencial de durar até 100 anos.

De acordo com o professor Choi, que liderou a pesquisa, o objetivo geral foi desenvolver uma MFC que pudesse “se armazenar por um período relativamente longo. Entretanto, sem degradação da atividade biocatalítica e ser rapidamente ativo pela absorção da umidade do ar”. A problemática era: como armazenar as bactérias? Como ativar a bateria? E, finalmente, como aumentar sua capacidade?

Como funciona a nova célula de combustível microbiana?

 

Para enfrentar o desafio de “criar essas biobaterias para capacidades de geração de energia portátil, armazenável e sob demanda”, os cientistas desenvolveram uma célula de combustível do tamanho de uma moeda de US$ 0,10 (17,9 mm de diâmetro) lacrada com uma fita isolante Kapton, que suporta temperaturas entre -296 a 400ºC.

Quando os pesquisadores removeram a fita, liberando o contato com a umidade do ar, a bactéria se misturou com um germinante químico. Dessa forma, estimulou os micróbios a produzirem esporos. A reação bioquímica entregou energia suficiente para alimentar um LED, um termômetro digital e até um pequeno relógio.

Embora a ativação da MFC via esporos tenha reduzido o tempo de potência total de uma hora para 20 minutos, a produção elétrica aumentou junto com a umidade. A boa notícia é que, depois de uma semana de armazenamento em temperatura ambiente, a queda na geração de energia foi de apenas 2%.