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O biodigestor indiano tem custo baixo e é viável para o tamanho do empreendimento do produtor de MT

Biodigestor indiano gera renda para a agricultura familiar de MT

Empaer-MT acompanha os resultados do biodigestor indiano junto aos agricultores familiares

Com investimento de aproximadamente R$ 5 mil, o biodigestor indiano é um sistema de baixo custo, fácil implantação e simples na operação, por isso, a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer-MT) optou como uma melhor opção para um produtor na cidade de Jangada (a 80 quilômetros de Cuiabá).

O objetivo é fazer a destinação correta e o tratamento de dejetos de resíduos da criação de suínos, através de um sistema que oportuniza a sustentabilidade ambiental, através do subproduto extraído do biodigestor, isto é: biofertilizante, biogás e energias térmica e elétrica.

Aliás, na propriedade do produtor e dono da Pousada Recanto Compostela, Valdizar Paula de Andrade, o sistema está em pleno funcionamento desde o dia 26 de outubro. A capacidade de produção do biogás é de 3 m³ por dia, equivalente a 7,5 quilos de biogás, além do biofertilizante líquido e sólido. O líquido o produtor rega o pomar, e o sólido está transformando em húmus para comercializar na região.

Para o técnico da Empaer, Roberto Teixeira Damascena, na prática a produção do biogás é metade da capacidade de um botijão de gás de cozinha. Ele se lembra quando começou a assistência técnica. Logo depois se deparou com as condições utilizadas na destinação dos resíduos da criação de suínos. Assim, propôs um sistema que viabilizasse uma forma correta e foi aceita de pronto pelo produtor familiar.

O Brasil importa cerca de 75% do total desses insumos para as lavouras

Roberto explica que o biodigestor tem o formato de um poço e se movimenta de cima para baixo, de acordo com a produção do biogás. Entretanto, ele ocupa pouco espaço e a construção subterrânea é com caixas de entrada para abastecerem o biodigestor. Assim também, precisa de uma caixa de saída da biomassa e biofertilizante, utilizadas para abastecimento de dejetos e retirada do biofertilizante, respectivamente.

Por questões ambientais e associando a uma fonte de renda, optei que a melhor solução seria o sistema, pelo custo baixo e com maior viabilidade para o tamanho do empreendimento do produtor”.

Roberto destaca que o produtor pode obter ganhos de três formas: pela produção do biogás, que irá abastecer o botijão de gás ou gerar a energia elétrica; e pela produção do biofertilizante resultante do processo. Ele frisa que o Brasil é o quarto maior importador de fertilizantes do mundo.

O País importa cerca de 75% do total desses insumos aplicados nas lavouras. “Além disso, os adubos químicos são insumos caros e poluentes. Com a utilização da matéria orgânica oriunda do biodigestor, o produtor agrega valor ao negócio, além de dar uma destinação a outro material potencialmente poluente: os dejetos bovinos”, conclui.

Para Valdizar, a assistência técnica da Empaer fez toda diferença. “Estou sendo assistido pela Empaer desde o primeiro momento que busquei ajuda. Precisava de orientação e hoje, além de ter o problema resolvido, vou ter uma renda extra com a venda do húmus. Logo estarei comercializando para outros produtores da região e vou ter uma economia com o gás de cozinha”.

Fonte: Governo de MT