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Em entrevista, secretário de Estado dos EUA Blinken, lembrou que outras áreas foram "limpas" por Israel durante o conflito

Blinken adverte que ataque de Israel a Rafah não trará os objetivos esperados

Em entrevista, secretário de Estado dos EUA, Blinken, lembrou que outras áreas “limpas” por Israel durante o conflito foram reocupadas pelo Hamas na sequência

Enquanto Israel intensifica os ataques ao sul de Gaza e surgem relatos de que mais de 300 mil palestinos abandonaram Rafah, obedecendo um aviso de evacuação feito na semana passada por Israel, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, alertou que um provável ataque terrestre em grande escala à região prometido pelos israelenses não conseguirá alcançar os objetivos miliares pretendido.

Em entrevista ao programa “Meet the Press”, da NBC, Blinken disse que Israel está “na trajetória, potencialmente, para herdar uma insurgência com muitos Hamas armados” ou de “um vácuo preenchido pelo caos, preenchido pela anarquia e provavelmente repreenchido pelo Hamas”.

O secretário americano lembrou que em muitas áreas que Israel limpou no norte, até mesmo em Khan Younis, o Hamas voltando após as ações.

Blinken também afirmou que a ofensiva israelense levou a uma “horrível perda de vidas de civis inocentes”. O número de mortos em Gaza subiu no fim de semana para mais de 35.000, de acordo com autoridades de saúde locais.

Ele também observou o relatório recente do governo Biden. Assim, descobriu que o uso de armas fornecidas pelos EUA por Israel provavelmente violou o Direito Internacional Humanitário. Para ele, ao invés de se concentrar em um ataque a Rafa, Israel deveria priorizar a apresentação de um plano pós-guerra crível para Gaza.

Em outra entrevista, desta vez para a CBS, Blinken afirmou que o governo Biden acredita que Israel precisa “sair de Gaza”.

Colapso na saúde

As Nações Unidas disseram nesta segunda-feira (13) que quase 360.000 pessoas fugiram da cidade de Rafah desde que Israel ordenou uma evacuação parcial há uma semana e enviou tanques ao local. Segundo a ONU, isso levou ao fechamento de duas das principais passagens fronteiriças para o enclave palestino, provocando protestos de médicos e grupos humanitários.

“Estamos a poucas horas do colapso do sistema de saúde na Faixa de Gaza. Como resultado da falha em trazer o combustível necessário para operar geradores de eletricidade em hospitais, ambulâncias e funcionários de transporte”. Disse o Ministério da Saúde de Gaza.