Com aprovação da PEC o indicador está no nível mais baixo desde 12 de novembro do ano passado
Com aprovação da PEC a bolsa de valores teve forte queda e fechou no menor nível em quase um ano após a aprovação. Em primeiro turno, a Câmara aprovou o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC), que parcela os precatórios e muda a regra do teto de gastos.
O dólar chegou a operar em queda durante a manhã e o início da tarde, mas fechou com pequena alta. O índice Ibovespa, da B3, encerrou aos 103.412 pontos. O indicador está no nível mais baixo desde 12 de novembro do ano passado. Por outro lado, a realização do leilão da frequência 5G não animou os investidores.
Além da reação à aprovação da PEC, a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de manter o ritmo de aumento da produção global, fez os preços internacionais do produto caírem, o que impactou as ações da Petrobras, os papéis mais negociados.
As ações ordinárias (com direito a voto em assembleia de acionista) caíram 2,95%. Os papéis preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) recuaram 3,17%.
O mercado de câmbio também teve um dia de volatilidade. Da mesma forma, o dólar comercial fechou o dia no total de vendas a R$ 5,606, com alta de R$ 0,016 (0,29%).
A cotação chegou a cair para R$ 5,56 na mínima do dia, por volta das 11h30. Entretanto, voltou a subir por volta das 13h30 e fechou com leve alta.
No caso do dólar, a moeda subiu perante as principais divisas do mundo, após a divulgação de que os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caíram para o menor nível em 19 meses.
Antecipação da alta dos juros
Isso aumenta as apostas de que o Federal Reserve (FED, Banco Central norte-americano) antecipe a alta dos juros da maior economia do planeta, apesar de o presidente da instituição, Jerome Powell, afirmar que não pretende mexer nas taxas tão cedo. Como resultado, agravou a tensão no mercado de câmbio pela aprovação da PEC dos Precatórios.
Para os investidores, a proposta, que abre caminho para cerca de R$ 90 bilhões fora do teto de gastos no próximo ano, dificultará o controle da dívida pública e deve piorar o cenário fiscal brasileiro.
Fonte: Agência Brasil