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Projeto da vacina contra o câncer do brasileiro Fernando Thomé Kreutz, formado em medicina pela UFRGS começou a 25 anos - Foto: Divulgação

Brasileiro desenvolve vacina contra o câncer que está em Fase de Testes nos EUA

Vacina contra o câncer está em fase de testes nos EUA

O projeto da vacina contra o câncer do brasileiro Fernando Thomé Kreutz, formado em medicina pela UFRGS e doutor em biotecnologia pela University of Alberta, no Canadá, começou há 25 anos.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, 71.000 homens foram acometidos pelo câncer de próstata em 2024. Por ano, a doença mata cerca de 15.000 pessoas no país. O cenário desafiador não impediu que o médico e cientista Fernando Thomé Kreutz investigasse possíveis soluções para a enfermidade.

O pesquisador compartilha que o processo de criação do medicamento foi semelhante aos contados em histórias típicas de “descobertas científicas”. “Eu estava fazendo um experimento e tinha três tubos de ensaio sobrando. Então, decidi testar mais um controle negativo. Para minha surpresa, o resultado que deveria ser negativo, foi positivo. Depois de investigar, entendi que seria possível modificar as células tumorais para que elas atuassem no sistema imunológico.”

Segundo o especialista, a vacina terapêutica atua de maneira personalizada, o que aumenta as chances de sucesso do tratamento, pois “assim como o organismo, cada câncer é diferente”. “Em laboratório, uma amostra do tumor fragmentada e as células tumorais cultivadas para modificação. As partículas modificadas expostas à radiação e, por fim, implantadas na formulação da vacina”, detalha Fernando Kreutz.

Durante os testes no Brasil, 36,8% dos pacientes apresentaram recorrência da doença em um grupo de controle. A taxa reduziu para 11,8% nos doentes tratados com a imunoterapia personalizada. Além disso, houve diminuição de 8,5% na mortalidade.

Por enquanto, a medicação foi direcionada para o câncer de próstata. Porém, outros tipos da doença se beneficiarão da tecnologia no futuro. “Esse projeto realmente pode ser um novo padrão de tratamento global”, finaliza o cientista.