Tempo de espera nos aeroportos da Europa tem sido uma das grandes dificuldades que passam os brasileiros em suas viagens
Com a alta procura por viagens e infraestrutura deficitária, os turistas brasileiros que viajam para a Europa enfrentam dificuldades. A retomada dos voos pós-pandemia, em meio a uma escassez de mão de obra e greves de funcionários de empresas aéreas e terminais, exige dos turistas muita paciência, particularmente nos feriados locais e no início da temporada de férias de verão no Hemisfério Norte.
No último fim de semana, por exemplo, uma pane no sistema de controle de bagagens no Aeroporto de Heathrow, em Londres, resultou em pilhas de malhas espalhadas pelo terminal 2. Passageiros tiveram que viajar sem seus pertences.
A aviação perdeu 2,3 milhões de empregos durante a pandemia, com muitos trabalhadores trocando definitivamente o setor por outras áreas. Várias companhias aéreas e aeroportos já reduziram o número de voos programados para o verão europeu por falta de pessoal. E ademais há greves planejadas por diferentes sindicatos em junho e julho, como a da aérea de baixo custo Ryanair.
Segundo a dona de uma agência de Salvador, um de seus clientes disse que “já era complicado, e agora está mais ainda.” Em Lisboa, por exemplo, na véspera do feriado de Corpus Christi; o programador brasileiro Glauco Custódio passou três horas de pé na fila da Imigração.
Regras da Anac
Para quem tem voo marcado para a Europa, a AirHelp, empresa especializada em assistência para atraso de voos, ressalta que a política de cancelamento e atrasos tem respaldo na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) quando o voo original saiu do Brasil.
Mas é preciso respeitar as legislações internas dos países. Ou seja, as regras da Anac valem para situações ocorridas em aeroportos no Brasil. Se estiver no exterior, valem as regras do país onde está o passageiro. “Talvez a maior dificuldade do passageiro seja se comunicar quando está fora do país”, ressalta a especialista em turismo Thyara Rodrigues.