Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação mostra uma adição de dois dias nos 149 já trabalhados para arcar com os tributos dos impostos
Antes da nova medida anunciada pelo governo e que vem sendo discutido no Congresso esse tempo era de 149 dias. Ou seja, o equivalente de uma jornada desde o dia 1º de janeiro até 29 de maio.
A conta inclui tributos federais, estaduais e municipais
Para 2026, o IBPT estima que serão 4 dias a mais necessários para arcar com o tributos, ou 153 dias.
O maior patamar alcançado de tempo trabalhado para essa finalidade foi no período de 2017 a 2019. Isto é, quando a população destinou 153 dias ao pagamento de impostos, o equivalente a cinco meses e dois dias.
Grande impacto na economia
Segundo João Eloi Olenike, presidente-executivo do IBPT, “o aumento do IOF é mais um retrocesso que recai sobre toda a sociedade. Enquanto o brasileiro já destina quase cinco meses do ano para sustentar o Estado. Agora terá que sacrificar ainda mais dias de trabalho sem qualquer contrapartida em qualidade dos serviços públicos”.
O Instituto ressalta que o IOF tem um efeito cascata e está presente em quase todas as etapas da economia. Por exemplo, com empréstimos, financiamentos, seguros, operações de câmbio, crédito rotativo de cartões e até remessas internacionais. Desse modo, impacta não só quem toma crédito, mas também a indústria que arca com mais custos.