Como foi a criação do selo adulto da DC e o que é a British Invasion
Lá no finalzinho da década de 1980, a DC estava bastante satisfeita com o sucesso de lançamentos como O Monstro do Pântano, V de Vingança e Watchmen. Percebendo então ter encontrado uma verdadeira mina de ouro, a editora de quadrinhos norte-americana foi à Inglaterra em busca de outros talentos. Começava a British Invasion.
British Invasion e o selo Vertigo
Tudo começou com Alan Moore, que fez história ao dar vida a alguns dos lançamentos mais importantes e impactantes das HQs voltadas para o público adulto.
Com a descoberta deste nicho, a editora procurou, encontrou e contratou roteiristas e artistas britânicos como Neil Gaiman, Jamie Delano, Grant Morrison, Alan Grant, Dave McKean e John Wagner.
O rótulo “Invasão Britânica” veio emprestado do fenômeno de mesmo nome ocorrido na década de 1960, quando músicos e artistas do Pop e do Rock do Reino Unido e vários aspectos da cultura britânica começaram a se popularizar bastante nos EUA.
Na linha de frente estavam bandas como, por exemplo, The Beatles e The Rolling Stones. Eles que viriam a se tornar verdadeiros fenômenos nos Estados Unidos e no mundo.
Do lado das HQs, agora com uma porção de novos profissionais muito talentosos sob o teto da casa, a DC lançou então o Selo Vertigo. Assim englobará quadrinhos mais complexos, profundos e voltados para um público um pouco mais velho.
Inspirações musicais
Além de pegar emprestado o termo “British Invasion”, o equivalente do fenômeno nos quadrinhos, também se inspirou de outra forma no mundo da música. E vários ícones dos palcos de certa forma parariam nas páginas das HQs.
A revista trazia o personagem John Constantine com visual inspirado no cantor Sting, da banda The Police.
Algo semelhante ocorreu em Sandman, de Neil Gaiman, que recentemente ganhou uma adaptação na Netflix. Nos quadrinhos, o personagem Lucifer Morningstar, o anjo caído e príncipe das trevas, teve seu visual baseado na icônico astro David Bowie.