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A Caixa Econômica Federal informou que já renegociou mais de R$ 10 milhões de dívidas nos três primeiros dias

Caixa renegocia R$ 10 milhões de dívidas em 3 dias do Desenrola Brasil

Mais de 22 mil clientes renegociam dívidas como programa com o banco público

A Caixa Econômica Federal informou que já renegociou mais de R$ 10 milhões de dívidas nos três primeiros dias do programa Desenrola Brasil. Foram mais de 22 mil clientes que aderiram ao programa com o banco público. Ainda há espaço para aumentar o número de renegociações uma vez que a Caixa informa que tem 13 milhões de clientes com dívidas.

Segundo a presidente da Caixa, Rita Serrano, o acesso à página do banco na internet subiu de 69 mil acessos diário para mais de 1 milhão “e a maioria procurando informações do desenrola”.

Rita Serrano acrescentou que o banco ampliou de 96 para 120 meses o prazo máximo para o pagamento das prestações da renegociação, o que dá dez anos.

A agência do DF visitada pela presidente da Caixa ainda estava vazia no início da manhã desta sexta-feira (20). As pessoas endividadas disseram que precisam conhecer melhor o programa antes de entrar com o pedido de renegociação. A trabalhadora doméstica Nalva Frazão Muniz comentou que a oportunidade é boa, mas que precisa estudar a proposta melhor.

Oportunidade e riscos

O programa criado pelo governo federal visa renegociar dívidas de pessoas com nome negativado na tentativa de reativar o consumo no país e estimular a economia. O economista Arthur Wittenberg, do Instituto Brasileiro de Mercados de Capitais (Ibmec), opina que o programa traz oportunidades para as pessoas e para as empresas. Uma vez que os consumidores podem voltar a tomar crédito, estimulando então a produção de bens e serviços no Brasil.

De acordo com Wittenberg, há o risco de um novo superendividamento das famílias. Ou seja, o “que pode colocar essas pessoas de volta na mesma condição em que estão atualmente”. Sobre o prazo de 120 meses oferecido pela Caixa, o economista diz que grande parte dos endividados prefere alongar a dívida, mesmo pagando mais juros.

Fonte: Agência Brasil