Governo Federal lança campanha contra a Aids “Prevenir é sempre a melhor escolha”
“Prevenir é sempre a melhor escolha”, com esse lema que o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, lançou (1) uma campanha para conscientizar os brasileiros sobre a importância de se prevenir contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), o vírus da Aids.
No Brasil, por exemplo, 694 mil pessoas estão em tratamento para a doença e, só em 2021, 45 mil novos pacientes iniciaram a terapia antirretroviral. Por isso, o tratamento já chega a 81% das pessoas diagnosticadas com HIV em todo o país.
Desse total, 95% já não transmitem o HIV por via sexual, por terem atingido carga viral suprimida. Ou seja, graças ao tratamento feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A doença continua a registrar óbitos em todo o mundo. Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), divulgados pelo Boletim Epidemiológico de HIV/Aids de 2021, mostram que em 2020 foram notificados 29.917 casos de Aids no país contra 37.731 em 2019, uma queda de 20,7%.
De acordo com especialistas, ainda que se observe uma diminuição, a situação ainda preocupa, visto que os registros de óbitos pela doença continuam. Em 2020, foram registrados 10.417 óbitos por Aids contra 10.687 no ano anterior, uma queda de apenas 2,52%.
A pessoa que vive com o HIV pode não desenvolver a Aids caso realize o tratamento adequado
Em toda a série histórica, o Brasil registrou 381.793 casos notificados de HIV. Sendo assim, 69,8% foram registrados em pessoas do sexo masculino e 30,2% do sexo feminino. Mais de 50% do total dos casos, no entanto, atingem homens e mulheres na faixa etária entre 20 e 34 anos.
Além disso, houve notificação de 7,8 mil casos de HIV em gestantes, o que representa uma taxa de detecção de 2,7 casos para cada mil nascidos vivos. Ou seja, um aumento de 30,3% na taxa de detecção em 10 anos. Como resultado, o país registrou 32.701 casos de HIV em 2020 contra 43.312 em 2019, uma redução de 10.611 casos.
A pessoa que vive com o HIV pode não desenvolver a Aids caso realize o tratamento adequado. Entretanto, o enfrentamento à doença não parou mesmo durante a crise sanitária da Covid-19. O Ministério da Saúde ampliou o tempo de dispensa de medicamentos antirretrovirais de 30 para 60 ou até 90 dias. Isto é, uma estratégia para garantir a manutenção do cuidado das pessoas vivendo com o HIV/Aids.
Estados e o Distrito Federal receberam mais de 20,8 milhões de testes rápidos nos anos de 2020 e 2021. Só este ano, foram 12 milhões, um aumento de 37% em comparação com o ano anterior.
Como “prevenir é sempre a melhor escolha”, o Governo Federal expandiu as estratégias de prevenção contra a Aids e enviou quase 370 milhões de preservativos aos entes federativos. Dessa forma, foram distribuídos 360 milhões de preservativos masculinos e 9,4 milhões femininos.
A Aids
A Aids é a doença causada pela infecção do vírus HIV que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. O vírus é capaz de alterar o DNA de uma das células do corpo humano e fazer cópias de si mesmo. Ao se multiplicar, portanto, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. Em outubro de 1988, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituíram o dia 1º de dezembro como o Dia Mundial de Luta contra a Aids.
Como ocorre a transmissão?
O vírus HIV pode ser transmitido por meio do sexo vaginal, anal ou oral sem camisinha, uso de seringa por mais de uma pessoa, por transfusão de sangue contaminado e uso de instrumentos que furam ou cortam não esterilizados. É possível ainda a transmissão do vírus durante a gravidez, no parto e na amamentação.
É importante quebrar mitos e tabus, esclarecendo que as pessoas que vivem com HIV não transmitem a doença das seguintes formas: masturbação a dois; beijo no rosto ou na boca; suor e lágrima; picada de inseto; aperto de mão ou abraço; sabonete/toalha/lençóis; talheres e copos; assento de ônibus; piscina; banheiro; doação de sangue; pelo ar.
Por isso, como o próprio lema da campanha diz, “prevenir é sempre a melhor escolha”. O uso da camisinha é essencial para proteger-se contra o vírus e contra a doença.
Fonte: Governo Federal