O Canadá anunciou que sua iniciativa Student Direct Stream, que oferece suporte ao processamento mais rápido de vistos, será estendida a estudantes de pós-graduação qualificados em sete países do Caribe e da América Central e do Sul. Os estudantes do Brasil terão esse benefício.
Lançada em 2018, a SDS permitiu que os candidatos na China, Índia, Filipinas e Vietnã fornecessem informações adicionais antecipadamente, o que significa que os oficiais da Imigração, Refugiados e Cidadania do Canadá poderiam fazer avaliações completas e tomar decisões finais rapidamente.
Posteriormente, foi expandido para incluir Paquistão, Marrocos e Senegal em 2019. O programa agora cobre 14 países. Os novos países adicionados à lista incluem:
Antigua e Barbuda
Brasil
Colômbia
Costa Rica
Peru
São Vicente e Granadinas
Trinidad e Tobago
O IRCC indicou que a expansão contínua da SDS apoiaria a Estratégia de Educação Internacional do Canadá e a meta de receber mais estudantes internacionais de uma “ampla variedade” de países de origem.
As estatísticas do governo mostram que em 2019, quase 16.000 autorizações de estudo foram emitidas dos sete novos países da SDS, incluindo cerca de 10.000 do Brasil e 4.400 da Colômbia.
“O SDS é uma ferramenta importante no recrutamento de estudantes internacionais e damos as boas-vindas à expansão do SDS para novos mercados”, disse um porta-voz da Universities Canada ao PIE.
Diversificação das nacionalidades de estudantes beneficiam diversidade
“Continuamos a diversificar nossa população de estudantes internacionais para garantir que as matrículas de estudantes internacionais permaneçam sustentáveis e nossos campus percebam os benefícios da verdadeira diversidade global.”
As partes interessadas no Brasil saudaram o anúncio, com o diretor da TravelMate e recentemente eleito presidente da associação brasileira de viagens e intercâmbio de idiomas Belta, Alexandre Argenta, sugerindo “que qualquer mudança de processo que facilite a emissão de vistos ajuda a aumentar a demanda para aquele país”.
No entanto, os atuais atrasos no visto continuam a limitar a mobilidade estudantil do Brasil para o Canadá, continuou ele. “Neste ponto, não notei um aumento na demanda para o Canadá porque os processos de visto ainda são muito lentos”, disse ele ao The PIE News. “Há uma expectativa positiva de que os vistos de estudante voltem a ser emitidos até 6 de agosto. Se isso acontecer, acredito que os estudantes brasileiros voltarão a ganhar confiança para se candidatarem a programas no Canadá em 2022.”
Argenta acrescentou que os EUA viram “um aumento na demanda” depois que o processamento do visto de estudante foi reiniciado durante o mês passado. De acordo com a Embaixada do Canadá no Brasil, o Canadá tem sido o primeiro destino de escolha do Brasil para estudar nos últimos 17 anos, acrescentaram outros.
O SDS é uma ferramenta importante no recrutamento de estudantes internacionais do Canadá
A SDS é um esforço para garantir aos estudantes brasileiros que eles terão os vistos em tempo hábil, o que não prejudicará os planos de viagem ou suas experiências na universidade, disse Diogo Rõdrïguēs, CEO da YES Intercambio.
“Do nosso ponto de vista como consultores de educação, é um verdadeiro esforço ajudar os alunos que estão realmente focados e preparados para ir para o Canadá. Com certeza vai atrair mais estudantes a optar pelo Canadá como destino de estudos, em comparação com outros países que não oferecem alternativas para agilizar o processamento do visto ”, explicou.
A valorização das moedas em decorrência da instabilidade econômica continua sendo um desafio para os futuros alunos, que tendem a buscar alternativas mais acessíveis para estudar no exterior, que também poderiam beneficiar “destinos de melhor custo benefício como o Canadá”, sugeriu.
Pesquisas da Belta mostraram que os destinos mais populares para os estudantes brasileiros são o Canadá, seguido pelos EUA e Irlanda, e os cinco principais destinos pós-pandemia serão Canadá, EUA, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia, observou Rõdrïguēs.
“Levantamento recente do Atlas da Juventude, IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), World Gallup Pool e Nações Unidas mostrou que 47% dos 50 milhões de brasileiros, de 15 a 29 anos, deixariam o Brasil no próximo ano se possível devido à falta de possibilidades em termos de trabalho, educação e segurança ”, continuou.
Ft: thepien
