Cargueiro movido a biocombustível em comparação ao combustível convencional, proporcionou um corte de 90% nas emissões de CO2
Empresas do setor de transporte marítimo vêm estudando formas de adaptar seu trabalho aos novos requisitos ambientais. A americana Eagle Bulk, uma das maiores empresas de cargueiros de médio porte no mundo, completou recentemente sua primeira viagem com um cargueiro movido a biocombustível alinhando o Sydney Eagle, um navio construído em 2015 do tamanho Ultramax.
De acordo com a empresa, o uso do biocombustível marinho “avançado” na alimentação do cargueiro movido a biocombustível, em comparação ao combustível convencional, proporcionou um corte de 90% nas emissões de CO2 ao longo do percurso.
Que forneceu o suprimento de energia foi a empresa holandesa GoodFuels. Ou seja, a primeira no mundo a lançar um biocombustível marinho — feito a partir de resíduos de madeira e oriundo das florestas da Finlândia. Em seguida, o Sydney Eagle partiu do porto de Terneuzen, sul da Holanda.
“Esperamos que mais organizações sigam os passos da Eagle e abracem nossa confiável alternativa de carbono quase zero para os combustíveis fósseis”, relatou Isabel Welten, diretora comercial da GoodFuels. E, concluiu: “À medida que a indústria aumenta seu empenho para cumprir as metas regulatórias ambientais em um futuro próximo”.
Matéria-prima certificada
Segundo a companhia neerlandesa, todos os biocombustíveis provém a partir de matéria-prima certificada. Isto é, um produto oriundo de boas práticas florestais ou de acordo com as normas do FSC — Conselho de Manejo Florestal.
A ideia é garantir que não haja risco de desmatamento ou competição com a indústria alimentícia. O biocombustível que utilizaram no cargueiro da Eagle Bulk, por exemplo, também é certificado.
No fim do ano passado, a Organização Marítima Internacional (IMO) anunciou planos para diminuir em pelo menos 50% a emissão de gases-estufa até 2050 — tendo como base o ano de 2008.
O transporte marítimo é responsável por um bilhão de toneladas de emissões de carbono por ano. De acordo com a organização ambiental Clean Air Task Force.
Fonte: Olhar Digital