No momento, você está visualizando Carne bovina responde por 90% do faturamento das exportações de Mato Grosso no 1º trimestre
Com maior rebanho do país e certificação internacional à vista, Estado responsável por 20,5% de toda a carne bovina vendida pelo Brasil

Carne bovina responde por 90% do faturamento das exportações de Mato Grosso no 1º trimestre

Com maior rebanho do país e certificação internacional à vista, Estado é responsável por 20,5% de toda a carne bovina vendida pelo Brasil ao exterior

A carne bovina segue sendo o grande motor das exportações de Mato Grosso. No primeiro trimestre de 2025, o produto respondeu por 80% do volume exportado e por 90,7% do valor gerado nas vendas internacionais de proteínas animais.

Os dados da Secex/MDIC, compilados pelo Centro de Dados Econômicos da Sedec, e reforçam o protagonismo do Estado no cenário agroindustrial nacional.

Entre janeiro assim como março, Mato Grosso embarcou 170,7 mil toneladas de carnes bovina, suína e de aves. O que representa um crescimento de 8,58% em relação ao mesmo período de 2024. Em faturamento, a alta foi ainda maior. Ou seja, 19,3%, alcançando US$ 721,7 milhões, contra US$ 604,9 milhões no primeiro trimestre do ano anterior.

A carne bovina lidera com folga. Assim, exportaram 137 mil toneladas, o que garantiu ao Estado US$ 654,7 milhões em receita. Com esse desempenho, Mato Grosso  responsável por 20,5% de toda a carne bovina vendida pelo Brasil ao exterior. Dessa forma, fica atrás apenas de São Paulo, que respondeu por 21,7% do total nacional.

Com um rebanho de 32,8 milhões de cabeças, o maior do Brasil, Mato Grosso consolida-se como uma potência na produção e exportação de carne vermelha.

O Estado vem somando esforços para expandir mercados, diversificar destinos e agregar valor ao seu produto, com o apoio direto do Governo do Estado, da iniciativa privada e de entidades como o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac).

Solidez do setor produtivo de Mato Grosso

De acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, o crescimento nas exportações é resultado da solidez do setor produtivo e da política de atração de investimentos desenvolvidas pelo Governo do Estado.

Além disso, o secretário lembra que, já em maio, o Estado vai receber da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) o certificado de zona livre de febre aftosa sem vacinação. Sendo assim, um avanço sanitário histórico que deve abrir portas para mercados ainda mais exigentes, como Coreia do Sul e Japão. “Essa certificação vai nos colocar em um novo patamar de competitividade internacional”, afirma Miranda.

O Imac tem atuado fortemente na promoção da carne mato-grossense no exterior, marcando presença em eventos internacionais e articulando com compradores e investidores estratégicos. Portanto, visa fortalecer a imagem da carne produzida no Estado como sinônimo de qualidade, sustentabilidade e rastreabilidade.

Suínos e aves

Apesar da dominância da carne bovina, os demais segmentos também apresentaram crescimento. As exportações de carne suína saltaram 32% no trimestre, com 7,8 mil toneladas embarcadas e receita de US$ 17,9 milhões — frente aos US$ 12,3 milhões do ano passado. A China segue como principal destino, seguida por Hong Kong, Filipinas, Vietnã e Singapura.

Já as carnes de aves somaram 25,2 mil toneladas exportadas, com faturamento de US$ 49 milhões, crescimento relevante sobre os US$ 40,6 milhões obtidos no mesmo período de 2024. Os principais mercados foram Arábia Saudita, China, Japão, Emirados Árabes Unidos e Jordânia.