Saiba mais sobre o que é feito na hora do descarte da bateria de um carro elétrico
É consenso que o carro elétrico é melhor para o meio-ambiente do que os tradicionais, a combustão. Afinal de contas, os elétricos não poluem, não fazem barulho e consomem pouca energia. Mas e quando as baterias usadas não servem mais? O que acontece com elas?
Esse, na verdade, é um dos grandes questionamentos de quem ainda não vê no segmento um futuro “totalmente limpo”. Apesar disso, os fabricantes estão se movimentando para que o descarte das baterias usadas de carros elétricos possa impactar o menos possível a natureza.
Uma reportagem publicada pela Wired relatou que, atualmente, algumas baterias que não podem mais ser utilizadas têm sido recondicionadas, mas uma outra parte acaba ficando estocada em armazéns.
Isso, por si só, é bastante perigoso por riscos de incêndio, conforme mostrou um relatório recente da EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos).
Economia circular: a solução ideal?
Para evitar riscos como incêndios ou intoxicações, o que pode ocorrer se a desmontagem das baterias de carros elétricos acontecer de forma equivocada? Hanjiro Ambrose, engenheiro da Universidade da Califórnia, Davis Institute of Transportation Studies, sugeriu então uma solução chamada de economia circular.
Ela envolveria a reciclagem praticamente infinita dos componentes, que seriam reutilizados em outras baterias por 10, 25 e até 50 anos. E a ideia pode entrar em prática por gente que entende do assunto.
A Redwood Materials, formada por ex-executivos da Tesla; a europeia Northvolt e a Li-Cycle, com sede em Toronto, são alguns dos nomes que estão trabalhando para retirar o máximo de peças e refazê-las em algo novo.
Outra empresa que vem se preparando é a estadunidense OnTo Technology. A empresa prevê um setor bem movimentado a partir de 2025 e estuda formas de produzir novos eletrodos para baterias a partir de materiais extraídos das usadas, evitando o descarte completo.