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Sempre se ouviu sobre celulares perto da cabeça aumentarem a chance de tumor cerebral

Celulares aumentam o risco de tumor cerebral? Saiba agora

Estudo analisou se o uso excessivo dos celulares realmente pode causar tumor cerebral

Pesquisadores da Oxford Population Health e da Organização Mundial da Saúde (OMS), através da International Agency for Research on Cancer (IARC), realizaram um estudo prospectivo; quando o participante entra na pesquisa antes de desenvolver a doença estudada; para investigar a relação entre o uso de telefones celulares e o risco de tumor cerebral associado a isso. O estudo está publicado na revista científica Journal of the National Cancer Institute.

Como aparelhos móveis como os celulares emitem ondas de radiofrequência e são mantidos próximos à cabeça durante o uso (em ligações, mais especificamente), preocupações acerca da exposição dos lobos temporal e parietal do cérebro surgiram junto à popularização deles, especialmente logo após organizações como a IARC terem classificado as ondas em questão como “possivelmente carcinogênicas”.

O problema da maior parte dos estudos feitos até o momento é que eles foram feitos em retrospectiva, ou seja, em pessoas que reportaram uso de celular após seu diagnóstico de câncer. Isto, é claro, torna os estudos enviesados.

Tumores estudados

Alguns tipos específicos de tumor cerebral foram examinados em relação a seu risco pelo uso de aparelhos móveis. São eles:

  • Glioma, tumor no sistema nervoso;
  • Neuroma do acústico, tumor no nervo que conecta o cérebro e o ouvido interno;
  • Meningioma, tumor na membrana que circunda o cérebro;
  • Tumores na glândula pituitária.

O estudo além disso investigou uma possível relação entre o uso de celulares e o risco de tumor nos olhos. De acordo com o estudo, 75% das mulheres entre 60 e 64 anos utilizava algum aparelho celular móvel, metade delas entre 75 e 79 anos. Por fim, nos 14 anos de acompanhamento seguintes, 3.268 das mulheres desenvolveram tumores cerebrais (0,42%).

Entre as que utilizaram telefones celulares e as que nunca o fizeram, não houve diferença significativa no risco de desenvolver os tumores em questão, incluindo as áreas mais expostas, assim como os lobos temporal e parietal, segundo o estudo.