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Os dados aferidos pelo IBGE, via Pnad Contínua, serviram de base para o Censo Escolar 2023 trazer um diagnóstico mais elaborado da EJA

Censo Escolar evidencia fragilidade das políticas de educação para jovens e adultos

Censo Escolar: O Brasil tem um contingente de mais de 68 milhões de pessoas, com idade acima dos 18 anos, que não frequentam a escola

Os dados aferidos pelo IBGE, via Pnad Contínua, serviram de base para o Censo Escolar 2023 trazer um diagnóstico ainda mais elaborado da Educação de Jovens e Adultos.

A etapa é atravessada por dois marcadores principais. A EJA, no entanto, vem sofrendo uma redução do número de matrículas ao longo dos últimos anos, mas não deixa de receber estudantes provenientes do ensino regular.

Os dados, portanto, mostram que de 2018 a 2023, a EJA perdeu quase um milhão de matrículas, uma redução de cerca de 20%. Um movimento comum à modalidade tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio.

Aproximadamente 107,4 mil alunos dos anos finais do ensino fundamental e 90 mil do ensino médio migraram para a modalidade. São alunos com histórico de retenção e que buscam meios para conclusão dos ensinos fundamental e médio.

Para o professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, Fernando Cássio, os dados elencam desafios ao governo à medida em que evidenciam. De um lado, a falta de políticas educacionais para jovens e adultos e, de outro, a demanda existente para a etapa.

Cássio exemplifica o descompasso a partir de um indicador de migração para a EJA também contabilizado pelo Censo Escolar. “Veja que no Ensino Médio, nos primeiros anos, temos 7% de evasão e apenas 1,6% de estudantes que fazem esta migração”.

Até 2026, 3,2 milhões de matrículas de tempo integral nas escolas de educação básica

Na contramão da oferta e qualificação da Educação de Jovens e Adultos, acabam prevalecendo ações como descontinuidade das políticas em níveis estadual e municipal.

O especialista, então enfatiza que perseguir os desafios para a oferta da educação de jovens e adultos, integra o compromisso do País com o direito à educação. Válido por toda a vida.

Lançado em julho do ano passado, o Programa Escola em Tempo Integral tem como meta alcançar até 2026, 3,2 milhões de matrículas de tempo integral nas escolas de educação básica.