Bahia, Piauí e Maranhão são os estados que representam 10% ou mais do Produto Interno Bruto (PIB) municipal pagos no Auxílio Brasil
De acordo com um levantamento realizado pelo professor titular da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ecio Costa, e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); o Auxílio Brasil, programa social do governo federal, representa um acréscimo de cerca de 10% na economia local de 648 cidades (11,6% do total), a maioria na região Nordeste.
Assim, os estados com maior número de cidades onde a quantia paga pelo governo federal entre janeiro e maio de 2022 representam 10% ou mais do Produto Interno Bruto (PIB) municipal, são: Bahia (146 municípios), Piauí (124 municípios) e Maranhão (116 municípios).
Já em relação ao PIB nacional, Costa estima que o Auxílio Brasil representa 1,04%; ou seja, percentual sobre o montante de R$ 87,7 bilhões já pagos aos beneficiários do programa.
Dessa forma, em 15 das 27 unidades da Federação, o programa representa pelo menos 1% do PIB estadual. Os estados onde os pagamentos do Auxílio Brasil têm a maior proporção em relação à economia local são Maranhão (4,69%); Piauí (4,39%) e Paraíba (3,84%).
“Oito dos dez estados mais beneficiados são do Nordeste, que é o principal público-alvo do programa. Em seguida vêm o Norte; Sudeste; Centro-Oeste e por último a região Sul”, explica Costa.
Impacto do Auxílio Brasil e Emergencial
Por fim, o estudo também faz a comparação entre o impacto do Auxílio Brasil e o Auxílio Emergencial. O Auxílio Brasil tem um potencial inferior ao seu antecessor, o Auxílio Emergencial; lançado pelo governo Bolsonaro no início da pandemia do coronavírus.
Na época, Ecio Costa desenvolveu um estudo parecido; assim foi calculado o impacto das cinco parcelas de R$ 600,00 do programa social temporário nas economias do municípios.
Em 2020, 1.709 cidades tiveram um aumento de pelo menos 10% do PIB municipal por meio do programa de transferência de renda. O que representa mais que o dobro, quando comparado ao Auxílio Brasil.