Conheça a história da CCXP, o festival que revolucionou a indústria do entretenimento
A Comic Con Experience (CCXP) está chegando em seu oitavo ano de realização e já virou tradição entre a comunidade geek. Assim que passar o mês de novembro, os fãs já sabem que o festival está chegando.
O evento já atraiu mais de 1,2 milhão de pessoas somando apenas as edições presenciais em São Paulo. Dessa maneira, respeita e recebe o apoio das maiores produtoras e distribuidoras de conteúdo do mundo. Ao mesmo tempo, coleciona outros números surpreendentes que o colocam entre os principais encontros da cultura pop no mundo.
Mas nem sempre foi assim, como em toda “jornada do herói”, o começo foi difícil. A organização trabalhou incessantemente para convencer o público, a mídia e o mercado que o festival mudaria o rumo do entretenimento, para a primeira edição em 2014.
Ivan Costa, cofundador da CCXP e curador de outros eventos de cultura pop, precisou se reunir pessoalmente com empresas e veículos de imprensa. Isto é, foi preciso mostrar a real dimensão da experiência até então inédita no Brasil.
“Tivemos muitas dificuldades no primeiro ano. Passamos por uma descrença do público, muita gente dizia: “No Brasil? imagina, sem a menor condição, não vai dar certo, é um evento pirata. Ouvimos muita bobagem também do mercado corporativo, das marcas e dos estúdios, porque para eles Comic-Con só acontecia em San Diego, em julho, mas nos Estados Unidos muitas cidades sediam Comic-Cons toda semana. Havia esse aspecto cultural que precisávamos superar. Mesmo assim, acreditamos no potencial. Na época, eu nem era da área comercial e fui a muitas reuniões, tive literalmente que vender a ideia. Todo mundo teve de ser convencido de que aquilo fazia sentido e tinha espaço no Brasil”, relembra.
A Primeira edição da CCXP
Em 2013, Ivan fundou a Chiaroscuro Studios e começou a vislumbrar uma Comic-Con no Brasil, semelhante às que ele visitou nos Estados Unidos, sem saber que este projeto estava engatilhado pela alta cúpula do Omelete.
Sob resistência, mas também com muito apoio, em 25 de janeiro de 2014, anunciaram a primeira CCXP para dezembro do mesmo ano. Inicialmente, projetada para ocupar metade do espaço da SP Expo, que fica às margens da rodovia dos Imigrantes (zona sul da capital paulista).
Em função da demanda de público e de expositores, o festival utilizou a capacidade total do pavilhão na época (40 mil m²) e atraiu 97 mil espectadores. Entretanto, nem se compara com o tamanho da última edição presencial mais recente.
As edições mais recentes
Atualmente, com o centro de convenções ampliado, a CCXP de 2019 ocupou um espaço de 115 mil m², com ativações de 15 estúdios e plataformas de streaming. Além de 35 lojas especializadas em produtos com temática geek e 55 marcas que, segundo estimativa dos organizadores, tiveram faturamento de R$ 52 milhões.
Como resultado, quando se compara com a estreia, o público saltou para 280 mil pessoas, destacando o evento no cenário do entretenimento mundial.
Em 2020, o festival inaugurou sua primeira edição 100% digital, a CCXP Worlds, que está mantida para 2021 na estreia do CCXPverso, calendário de eventos com seu ápice em dezembro de 2022, no retorno da CCXP ao formato presencial.
Fonte: Omelete