Confiança da construção: Infraestrutura esteve à frente de Edificações, favorecida pelo crescimento dos investimentos públicos e privados
O Índice de Confiança da Construção (ICST), caiu 0,2 ponto em dezembro, para 96 pontos. Foi o terceiro recuo seguido do indicador, na margem. Em médias móveis trimestrais, o ICST caiu 0,7 ponto. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (26), pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
“O ICST consolidou uma posição de pessimismo moderado, que prevaleceu ao longo do ano”, avalia a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, em nota.
Ela ressalta que 2023 não foi de crescimento robusto para o indicador, com o porcentual de assinalações de melhora da atividade se reduzindo na comparação interanual. A coordenadora pondera que em dezembro, ainda há mais empresas indicando crescimento do que queda da atividade.
Infraestrutura
O balanço do ano, mostra que a Infraestrutura esteve à frente de Edificações, favorecida pelo crescimento dos investimentos públicos e privados. Enquanto o mercado imobiliário sofreu mais com as altas taxas de juros. “De todo modo, em relação a dezembro de 2022, as duas áreas chegam ao final do ano com expectativas melhores em relação à demanda dos próximos meses. Assim, sinaliza um início de ano mais promissor”, afirma.
As aberturas do indicador em dezembro mostram queda do Índice de Situação atual (ISA-CST) de 0,4 ponto, para 94,2 pontos, o menor nível desde julho (94 pontos). O movimento puxado pela situação atual dos negócios, caiu 0,9 ponto, para 92,4 pontos. O volume da carteira de contrato, por outro lado, variou 0,1 ponto, para 96 pontos.
O Índice de Expectativas (IE-CST), por sua vez, recuou 0,1 ponto, para 98 pontos, o menor nível desde agosto (97,4 pontos). O indicador de demanda prevista para os próximos três meses subiu 0,7 ponto, para 100,7 pontos. Mas o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses caiu 0,8 ponto, para 95,3 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção cedeu 0,2 ponto porcentual em dezembro, a 78,8%. Assim também, o Nuci de Mão de Obra cedeu 0,1 ponto, para 80%, e o Nuci de Máquinas e Equipamentos caiu 1 ponto, para 72,5%.