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De 2019 a 2023, houve uma redução do número de consultas médicas, ambulatoriais, internações e terapias, por paciente - Foto: Arquivo/AgênciaBrasil

Consultas médicas e internações caem de 2019 para 2023

O levantamento mostra que o número de consultas ambulatoriais por paciente caiu de 4,7 em 2019 para 4,1 em 2023

Um levantamento da Anahp, que representa um grupo de mais de 120 hospitais particulares, mostrou que, de 2019 a 2023, houve uma redução do número de consultas médicas, internações e terapias, por paciente. Mas houve aumento dos exames e atendimentos médicos em prontos socorros.

O levantamento mostra que o número de consultas ambulatoriais por paciente caiu de 4,7 em 2019 para 4,1 em 2023, ou seja, 12%. As internações caíram de 0,193 para 0,189 por paciente nos 5 anos, queda de 2%, enquanto os procedimentos odontológicos diminuíram de 6,6 para 5,7. Uma queda de 13%, e as terapias passaram de 1,7 para 1,6, redução de 8%.

Já o número de exames aumentou no período, subindo de 19,8 para 23,4, ou seja, uma alta de 18%. Também tiveram alta os atendimentos médicos em prontos socorros (4%).

Na comparação com 2022, no entanto, constataram um aumento de quase 3% no número de internações por pacientes. Mas já naquele ano a média calculada foi 0,184.

Operadoras

O levantamento da Anahp mostrou ainda que as operadoras de plano de saúde apresentaram um resultado financeiro líquido positivo de R$ 5,1 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representa cerca de 3,5%. Sendo assim, as empresas arrecadaram com as taxas pagas pelos 51 milhões de beneficiários desses planos no período. O chamado prêmio chegou a R$ 147,41 bilhões.

Os planos de saúde desembolsaram 83% desses prêmios com os pagamentos dos procedimentos médicos aos usuários desses planos, ou seja, R$ 123,02 bilhões. Esse percentual, chamado de taxa de sinistralidade, foi inferior aos observados nos 12 meses de 2021 (87%), de 2022 (89%) e de 2023 (87%), anos em que os planos fecharam com prejuízos de 1,6%, 9,9% e 9,2%, respectivamente.

Ainda segundo a pesquisa, a variação dos custos médico-hospitalares no país chegou a 11,66% em 2023, acima dos 8,78% em 2022, mas abaixo dos 13,86% de 2019. Desde 2014, esses custos variaram acima da inflação oficial, com exceção de 2020, ano de início da pandemia, quando caiu 8,45%.

A inflação oficial em 2023, por exemplo, ficou em 4,62%. Em 2022, foi de 5,79%. “Olhando 100% dos beneficiários e a variação do seu custo per capita, a gente tem a notícia que todo mundo conhece, de que os custos médicos variam acima dos custos da inflação geral”, afirma Luiz Feitoza, um dos responsáveis pelo estudo.

De acordo com Feitoza, a variação é calculada com base na demanda dos serviços e no custo propriamente dito dos procedimentos. E o principal responsável pela variação positiva do indicador no acumulado dos 10 anos, entre 2014 e 2023, foi o custo propriamente dito, que cresceu 119,8%, enquanto a demanda subiu apenas 23,22%.

A variação do custo médico hospitalar em 2023 foi muito pressionada pelo aumento do custo das terapias, segundo o estudo.

Fonte: agênciabrasil