Antes da COP28 os países permanecem divididos entre aqueles que exigem um acordo para eliminar gradualmente os combustíveis fósseis
O presidente da COP28, Sultan al-Jaber, disse nesta segunda-feira (2) que mais de 20 empresas de petróleo e gás estão se unindo em torno de seus apelos para reduzir as emissões de carbono antes de uma cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as mudanças climáticas.
Jaber, que também é diretor da ADNOC, gigante petrolífera dos Emirados Árabes Unidos, pediu este ano que o setor de energia se unisse à luta contra as mudanças climáticas. Ele foi uma escolha controversa para liderar a COP28, que começa no próximo mês, porque seu país é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e um grande exportador de petróleo.
“Precisamos de uma transformação holística em todo o sistema de economias inteiras. Economias que atualmente funcionam com o equivalente a 250 milhões de barris de petróleo, gás e carvão todos os dias”, disse Jaber em uma conferência de petróleo e gás em Abu Dhabi.
Jaber disse que mais de 20 empresas do setor responderam positivamente aos apelos para alinharem em torno da zero emissão líquida de carbono até 2050. Assim como zerar as emissões de metano e eliminar a queima de rotina até 2030. A cúpula da COP28 está programada para ocorrer em Dubai entre 30 de novembro e 12 de dezembro.
Ações para limitar o aquecimento global
Antes da COP28, os países permanecem divididos entre aqueles que exigem um acordo para eliminar gradualmente os combustíveis fósseis que causam o aquecimento do planeta. Enquanto que as nações que insistem em preservar o uso do carvão, do petróleo e do gás natural.
A cúpula é vista como uma oportunidade crucial para que os governos acelerem as ações para limitar o aquecimento global. Contudo os relatórios até agora mostram que os países não estão no caminho certo para cumprir as promessas. Ou seja, o acordo de limitar o aumento das temperaturas globais a 1,5 grau Celsius.