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Uma segunda proposta para a NCQG, no valor bilhões ao ano até 2035, foi levada à mesa de negociação sobre Mudanças Climáticas na COP29 - Foto: Fabíola Sinimbú/Agência Brasi

COP29: negociação climática propõe US$ 250 bilhões ao ano

COP29: Partes demonstraram estar longe de consenso quanto ao pagamento

Uma segunda proposta para a NCQG, no valor de US$ 250 bilhões ao ano até 2035 foi levada à mesa de negociação da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas na COP29. No último dia de negociações climáticas em Baku, no Azerbaijão, partes demonstram estar longe de consenso.

O novo texto determina que “as partes de países desenvolvidos assumam a liderança do financiamento da ação climática às partes países em desenvolvimento”. Isso a partir de uma ampla variedade de fontes, públicas e privadas, bilaterais e multilaterais, incluindo fontes alternativas. O documento estabelece um objetivo escalonado de alcançar até 2035 um financiamento climático de US$ 1,3 trilhão ao ano.

Organizações sociais brasileiras que acompanham as negociações em Baku, consideram a proposta muito ruim. Assim, convocaram uma mobilização para que os países melhorem o texto final a partir da reflexão Nenhuma Decisão é Pior que uma Decisão Ruim.

Para a analista ainda há espaço para que o valor chegue próximo ao esperado

De acordo com a analista, a ampliação das fontes financeiras também pode representar uma diminuição nos recursos públicos que tenham origem nos países desenvolvidos, principais emissores de gases do efeito estufa que levam às mudanças climáticas.

O mesmo ocorre com o convite aos países emergentes, como a China por exemplo, a fazer aportes adicionais, em especial à Cooperação Sul-Sul. Ou seja, remessas voluntárias aos países menos desenvolvidos e mais vulneráveis.

Na opinião da gerente de políticas climáticas do WRI Brasil, Míriam Garcia, o texto ainda é uma proposta muito inicial que precisa de aprimoramento. Dessa forma, podendo realizar ajustes que devem ser negociados pelas próximas 40 horas.

De acordo com Miriam, o grupo de países em desenvolvimento G77+China, iniciou a construção de um acordo em torno do valor inicial de US$ 500 bilhões de financiamento pelos países desenvolvidos, o que não se traduziu neste segundo texto. Para a analista ainda há espaço para que o valor chegue próximo ao esperado.

Fonte: agênciabrasil