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COP30: Para Soraya Pires, head global de Soluções de Carbono da Ambipar, o evento será uma oportunidade importante

COP30: Brasil deve assumir protagonismo no mercado de carbono

Para Soraya Pires, head global de Soluções de Carbono da Ambipar, o evento será uma oportunidade importante para o país apresentar soluções concretas para a agenda climática

Em um ano em que a transição energética e a agenda climática estarão no centro das atenções da COP30, a discussão do mercado de carbono se torna ainda mais relevante.

“E o Brasil conta com um “mar de oportunidades” para se destacar”, afirmou a head global de Soluções de Carbono da Ambipar, Soraya Pires.

Aliás, a 30ª Conferência do Clima, acontece de 10 a 21 de novembro, em Belém (PA). A expectativa é de que a COP estimule uma agenda direcionada a um futuro sustentável, capaz de alinhar produtividade com sustentabilidade. Bem como transformar o Brasil em potência verde — sem abrir mão da competitividade global.

O mercado de carbono

“Quando olhamos em termos de florestas, temos hoje um maciço florestal único, com capacidade de gerar aproximadamente 15% de toda a produção de créditos mundiais. Temos também outros biomas, como o Pantanal e a Mata Atlântica, com uma diversidade de recursos ainda muito pouco explorada”, destacou a executiva.

Segundo a executiva, o país conta com relevantes oportunidades em áreas degradadas, especialmente no setor agropecuário. Sendo assim, é possível integrar a produção de alimentos com a adoção de práticas sustentáveis de uso da terra. Resultando na geração de créditos de carbono no escopo de Agricultura, Florestas e Outros Usos da Terra (AFOLU, na sigla em inglês).

De acordo com a head global de Soluções de Carbono da Ambipar, a agenda de soluções tem como base a natureza. Como a conservação e a restauração de ecossistemas, podem posicionar o Brasil como responsável por até 30% da oferta global de créditos de carbono voltados à compensação de emissões.

“Ao contrário da agenda de cana-de-açúcar e de óleo e gás, a do mercado de carbono é relativamente jovem, com aproximadamente 20 anos. O setor passou por uma série de incertezas e instabilidades. Mas, agora, contamos com uma lei recém-sancionada e ainda pendente de regulamentação, que desenhada de forma muito inteligente. Neste sentido, a COP30 representa a possibilidade de o Brasil se consolidar como protagonista. Essa é a oportunidade de demonstrarmos que temos soluções concretas para a agenda climática. Bem como para o desenvolvimento do mercado regulado de carbono no Brasil.”, concluiu.

Fonte: cnnbrasil