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O Copom do Banco Central do Brasil optou como esperado por interromper o ciclo de cortes na taxa de juros

Copom decide manter a Selic em 10,50%, em decisão unânime

Economistas e analistas do Copom já esperavam que o colegiado do BC optasse por passar uma mensagem de consenso. Isso, uma vez que a decisão em maio havia gerado ruídos sobre divergências internas

O Copom do Banco Central do Brasil optou como esperado por interromper o ciclo de cortes na taxa de juros e manteve nesta quarta-feira (19) a taxa Selic em 10,50% ao ano. Também conforme o aguardado, a decisão foi unânime entre os diretores do BC.

Economistas e analistas de mercado esperavam que o colegiado do BC optasse por passar uma mensagem de consenso hoje. Uma vez que a decisão dividida da última reunião, em maio, havia gerado ruídos sobre divergências internas.

Mas desta vez votaram pela manutenção tanto o presidente Roberto de Oliveira Campos Neto como diversos diretores. Ou seja, Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Gabriel Muricca Galípolo, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira

O placar anterior de 5 a 4 pela redução do ritmo de cortes naquela reunião trouxe uma leitura de possível tolerância com a inflação por parte dos novos diretores indicados pelo governo Lula. No ano que vem,  sete os integrantes do Comitê nomeados pela atual gestão.

Segundo o comunicado, o Comitê, unanimemente, optou por interromper o ciclo de queda de juros, destacando que o cenário global incerto. E o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela.

“A política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, diz o texto.

O Copom informou ainda que se manterá vigilante. Assim, relembra como usual que, “eventuais ajustes futuros na taxa de juros ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”.